Os candidatos coadjuvantes nas eleições da Catalunha

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As eleições da Catalunha, marcadas para este domingo, 14 de fevereiro, serão lembradas pela ferrenha disputa entre os três partidos favoritos à vitória (Junts per Catalunya, ERC e PSC), pela polêmica quanto ao uso da língua catalã no primeiro debate e, também, pela ampla lista de partidos com direito à participação nas eleições. Os candidatos coadjuvantes nas eleições da Catalunha estão em maior número, mas não participaram dos grandes debates. Alguns desses partidos surgiram em 2020 e, portanto, não dispuseram de tempo, e menos ainda de grandes plataformas de divulgação de seus programas eleitorais. A seguir, o Aqui Catalunha apresenta a lista completa dos partidos que concorrem às cadeiras do Parlament de Catalunya.

Quais são os partidos principais e coadjuvantes nas eleições catalãs?

Definimos os partidos entre principais e coadjuvantes com base nos números apresentados nas pesquisas de opinião sobre intenção de voto, e também, como fator mais decisivo, com base nas participações em debates televisivos. Assim, qualificam-se como principais os seguintes partidos: Junts per Catalunya, PSC, ERC, En Comú Podem, CUP, Ciudadanos, PDeCAT, PPC e Vox. Dessa lista, vale ressaltar que, pela primeira vez, o partido Vox, de extrema-direita espanhola, tem chances reais de obter cadeiras no Parlamento catalão. Seu candidato à Presidência da Catalunha é Ignacio Garriga.

Demais candidaturas e o que propõem

Alianza por el Comercio y la Vivienda

O foco de seu programa eleitoral são o comércio (especialmente o de bairro), habitação e aposentadoria.

Escons en Blanc

Essa candidatura, criada em 2010, tem por objetivo deixar as cadeiras vazias, não ocupá-las caso conseguisse representação no Parlamento catalão. Conforme é apresentado em seu programa, ao não ocupar assentos na Câmara, recusam qualquer tipo de salário ou subvenção. Assim, segundo a candidatura, essa é uma forma de dar resposta à demanda daqueles cidadãos que, ao não se identificarem com nenhum dos principais partidos, sempre votam em branco, anulam o voto ou não comparecem para votar.

Front Nacional de Catalunya

Trata-se de um partido que defende, de maneira bastante clara e incisiva, a formação da Catalunha como Estado independente. Entretanto, alguns pontos de seu programa político são considerados pelos demais grupos políticos independentistas como “radicais”, “extremistas”, especialmente em relação à imigração.

Izquierda en Positivo

“A esquerda não nacionalista”, esse é o lema de Izquierda en Positivo, que se define, mais detalhadamente como “um partido internacionalista, que acredita na classe trabalhadora, e que o independentismo e o nacionalismo só beneficiam a classe privilegiada”. A título de exemplo, o partido publicou uma notícia sobre o convite que fez aos partidos PSC e En Comú Podem para que assinassem e registrassem em cartório o compromisso de não pactar com nenhum partido independentista.

Moviment Corrent Roig

Essa candidatura é formada por pessoas que alegam terem sido “vítimas da perseguição” do Estado espanhol nos últimos anos.

Partit Comunista dels Traballadors de Catalunya (PCTC)

Inserido no bloco Partido Comunista de los Trabajadores de España, alguns pontos do programa eleitoral do PCTC são a revogação das reformas trabalhistas (especialmente as de 2010 e 2012), redução do número de horas trabalhadas por semana (para 35), e a nacionalização de empresas dos setores de energia, transporte, bancos, comunicação e abastecimento de água.

Partit Nacionalista de Catalunya (PNC)

Fundado em novembro de 2020, o partido conta em sua liderança com Marta Pascal, ex-dirigente do PDeCAT. Entre as propostas do PNC, estão a implantação de um sistema fiscal que incentive a atividade econômica, transferência das competências fiscais para a Agência Tributária da Catalunha, redução de impostos, e alterações na Política Linguística (para que, por exemplo, seja retomado o plano de fomento ao uso da língua catalã nos órgãos de Justiça).

Por un mundo más justo

A candidatura tem por objetivos principais a erradicação da pobreza e o incentivo à convivência e ao diálogo “acima de bandeiras e fronteiras”. Assim se define a candidatura: “Não somos independentistas, tampouco somos nacionalistas da Catalunha ou da Espanha. Temos uma clara visão de cidadania global, útil para os desafios atuais. Isso nos obriga a ser capazes de dialogar com todos, especialmente com aqueles partidos com dificuldades para chegar a acordos”.

Primàries de Catalunya

Candidatura descrita como “um movimento cidadão auto-organizado que trabalha pela configuração de uma lista eleitoral que efetive o mandato vigente do referendo de 1º de outubro de 2017“. Propõe uma “democracia direta, aberta e participativa” como alternativa à “política arbitrária e caprichosa de escritório”. Primàries de Catalunya se apresenta como “uma maneira diferente de fazer política”, oposta à “partitocracia catalã (autoproclamada) independentista”.

Recortes Cero

Em seu programa para as eleições deste ano, estão “a atuação de forma unitária contra a pandemia do coronavírus”, “a redistribuição das riquezas” (nesse ponto, destacam que nenhum salário pode estar abaixo de 1000 euros, e nenhum acima de 10 mil euros), e “o fim da divisão social que atinge a classe operária”.

Som Terres de l’Ebre

A candidatura se define como “transversal e formado por partidos independentes de municípios das comarcas de Terres de l’Ebre”. Além disso, se define como um “partido sem ideologia, que quer conseguir o melhor para o povo da região“.

Suport Civil Català (SCAT)

SCAT se define como “uma entidade que trabalha sem fins lucrativos, e reúne pessoas da Catalunha e de outras partes do mundo que lutem pela defesa da língua e cultura catalãs, bem como do patrimônio artístico, industrial e ambiental catalães”. A candidatura acredita que a melhor forma de conseguir a liberdade da nação catalã é por meio “da proclamação de um Estado independente por meio das ferramentas democráticas estabelecidas pelos tribunais internacionais”.

Unidos por la Democracia + Jubilados

Trata-se de um bloco formado por Unidos Sí, Democracia Efectiva (DEf), Partido de Jubilados (PDSJE) e Somos España. Entre as propostas da candidatura, estão “o fomento e a garantia de emprego, melhora na saúde pública e no sistema de previdência social”. Além disso, prioriza “recuperar a unidade e solidariedade dos espanhóis”. Destaca-se no anúncio da candidatura o grito “¡A por ellos!“.

Unión Europea de Pensionistas

O nome do partido é claro: trata-se de uma candidatura que “trabalha pelas pensões atuais e futuras”. Além disso, se declara como “não adscrito a ideologias políticas concretas, apenas como pró-pensionista”.

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