Começa na Catalunha ensaio clínico para combater o coronavírus

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À espera de um confinamento total, a Catalunha tenta avançar na batalha contra a doença que paralisa o mundo. Nesta semana, o infectologista Oriol Mitjà anunciou o começou de um ensaio clínico para combater o coronavírus. Trata-se de um projeto liderado pelo próprio médico (do Instituto de Pesquisa Germans Trias i Pujol) e pelo Departamento de Saúde do governo catalão. Inicialmente, os testes servirão tanto para quem contraiu a doença quanto para quem esteve em contato com os infectados.

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Os detalhes do projeto

Na coletiva de imprensa dedicada à apresentação do ensaio, Oriol Mitjà disse que os testes começarão com 195 pessoas infectadas pelo COVID-19, e aplicados, também, a 15 contatos de cada paciente. O objetivo é fazer com que os infectados não transmitam o vírus, e que a doença não se desenvolva nas pessoas que tiveram contato com os contagiados.

Como o ensaio clínico será levado a cabo?

Conforme explicado pelo médico catalão, os 195 infectados pelo novo coronavírus receberão um antirretroviral para que a carga viral seja reduzida, de modo que o período de potencial contágio (14 dias) também seja reduzido. Basicamente, um antirretroviral é um fármaco (um composto químico que dá origem a medicamento) utilizado para tratar infecções causadas por retrovírus. Em janeiro, por exemplo, a China, entre outros países, iniciou um teste com medicamentos usados no combate ao HIV para lidar com o COVID-19.

No teste liderado por Oriol Mitjà, os contatos dos pacientes com o coronavírus receberão hidroxicloroquina, um medicamento que serve para combater a malária. De acordo com o especialista de 40 anos, espera-se que os primeiros dados dos resultados sejam conhecidos daqui a três semanas.

O projeto conta com financiamento privado, de laboratórios que contribuíram com remédios, e da Fundació Lluita contra la Sida (Fundação Luta contra a AIDS). No âmbito público, do Departamento de Saúde da Generalitat de Catalunya. Além deles, foi veiculado que a Bill & Melinda Gates Foundation se interessou pelo projeto, mas ainda não contribuiu financeiramente.

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