35 mil pessoas se manifestam em Barcelona em defesa da língua catalã

Os manifestantes também criticaram o governo catalão por "não defender a imersão linguística como deveriam"

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Agora e sempre, escola em catalão“. Essa frase, há décadas presente em diversas reivindicações na Catalunha, voltou a aparecer com força neste sábado, em Barcelona, onde 35 mil pessoas se manifestaram em defesa da língua catalã. O evento, organizado pela plataforma Som Escola, foi uma resposta à sentença do Tribunal Supremo espanhol, que determina que, no mínimo, 25% das aulas nas escolas da Catalunha sejam ministradas em língua espanhola.

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“Um modelo que garante a coesão social na Catalunha”

Apesar das distintas representações sociais e políticas na manifestação, havia um consenso: a imersão linguística em língua catalã é “um modelo que garante a coesão social”, tal como os representantes da plataforma Som Escola expuseram.

De acordo com o manifesto preparado para o evento deste sábado, o governo catalão precisa ter “valentia” para lutar contra “todas as ingerências político-jurídicas no sistema educativo da Catalunha”. Além disso, os manifestantes “exigiram” que o governo espanhol “respeite os consensos da sociedade catalã”. Entre esses consensos, está o de que “82% dos cidadãos catalães apoiam a imersão linguística em língua catalã“, de acordo com uma enquete organizada pela entidade Plataforma per la Llengua.

Entre as representações políticas presentes na manifestação em Barcelona, estavam membros dos partidos independentistas ERC, Junts per Catalunya e CUP, além de integrantes do partido En Comú Podem. Por outro lado, o PSC, partido do ex-ministro de Saúde espanhol Salvador Illa, se absteve de participar.

A reivindicação em defesa da imersão linguística em catalão foi marcada, também, por declarações feitas pelos membros do governo catalão, criticados por “não defenderem a imersão linguística como deveriam”. Por outro lado, o partido Junts per Catalunya, por meio de Jordi Sànchez, anunciou que apresentará uma denúncia contra Pablo Casado, deputado do Partido Popular no Congresso espanhol, por suas “calúnias e incitação ao ódio” contra o sistema educativo catalão.

Ontem, Pablo Casado disse que “há professores na Catalunha com instruções para proibirem os alunos que falam em espanhol de irem ao banheiro”.

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