Para António Guterres, secretário geral da ONU, os indultos aos líderes independentistas catalães, até então presos, são “um passo para o diálogo entre Catalunha e Espanha”. Em seu discurso feito em Madrid, ao lado do presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, o secretário da ONU disse que, “embora não deva intervir em questões internas”, existe um “princípio global”: “Todos os problemas devem ser resolvidos no âmbito político, e o diálogo é um instrumento fundamental”.
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Pedro Sánchez: “Não haverá referendo de autodeterminação”
Apesar de os indultos concedidos aos líderes independentistas catalães serem, para o líder do governo espanhol, “uma oportunidade de concórdia” e de “restabelecer a boa convivência” na Catalunha, nem todos os temas terão, inicialmente, espaço na programada Mesa de Diálogo entre os governos da Catalunha e da Espanha. Nesse sentido, Pedro Sánchez voltou a afirmar, nesta sexta-feira, que o referendo de autodeterminação está “totalmente descartado”, e não somente esse tipo de plebiscito, mas sim, também, “qualquer outro que seja divisivo”. Assim, Pedro Sánchez argumenta que o governo espanhol rechaça o referendo “não apenas por uma questão constitucional”, mas, também, “por uma questão de princípios”.
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