Um dia após a condenação dos líderes políticos e civis catalães a 100 anos de prisão, o primeiro-ministro de Quebec, François Legault, pediu que o conflito entre Catalunha e Espanha fosse resolvido com uma negociação pacífica. A notícia da sentença ao independentismo catalão foi um dos destaques nos meios de comunicação internacionais, e também no cenário político europeu, onde líderes expuseram suas visões sobre a saída encontrada pelo Estado espanhol para tentar resolver o embate com o governo catalão.
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‘O assédio institucional e a violência não são a solução’
François Legault, líder da Coalition Avenir Québec [Coalizão pelo Futuro de Quebec], disse que prefere “não interferir em temas políticos internos de outras nações”, mas que “não pode permanecer indiferente a sentenças impostas a políticos eleitos democraticamente”. Para Legault, “o assédio institucional e a violência não são a solução” para o conflito, e espera “de coração” que seja encontrada uma “solução pacífica e justa” entre Catalunha e Espanha.
Recentemente, Legault havia pedido explicações ao primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, pelo fato de ter impedido a visita do ex-presidente da Catalunha e eurodeputado Carles Puigdemont ao país, em março. Trudeau, Ministro de Relações Exteriores, negou a existência de veto político à entrada do líder catalão no país, e afirmou que a decisão foi tomada de maneira independente por funcionários do Ministério de Imigração.
Ontem, Carles Puigdemont, em coletiva de imprensa na delegação da Generalitat de Catalunya na Bélgica, denunciou a condenação aos líderes políticos e civis catalães, questionou o papel da União Europeia em relação às ações espanholas contra o movimento pela independência da Catalunha, e incentivou os catalães a “se mobilizarem sem medo”.
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