Conforme notícia adiantada pelo diário El Món, a Promotoria espanhola solicita prisão para os dois policiais que escoltavam Carles Puigdemont antes de ser detido na Alemanha. Segundo o Ministério Público da Espanha, os policiais, membros dos Mossos d’Esquadra, cometeram um “crime de encobrimento”.
No relato que incrimina os dois policiais, o promotor Emilio Miró explica que “sabiam o que estavam fazendo”, já que Puigdemont “era investigado na Espanha por sua participação em feitos que constituíam um delito de rebelião e outros” e que, por isso, “o juiz instrutor Pablo Llarena havia emitido uma ordem europeia de detenção e entrega, para que Puigdemont fosse julgado”.
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Carles Puigdemont foi detido na Alemanha em 25 de março de 2018. Segundo publica El Món, os dois policiais haviam viajado a Waterloo (Bélgica) em 19 de março e, no dia 23, uma pessoa não identificada pediu aos policiais que “buscassem Puigdemont”. O atual eurodeputado catalão havia participado de uma palestra na Finlândia, no dia 24 (um sábado), e encontraria os policiais em Estocolmo (Suécia). Após cruzarem a fronteira entre Dinamarca e Alemanha (já no dia 25 de março, domingo), foram identificados pela polícia alemã, e Puigdemont foi detido.
De acordo com o promotor, a intenção dos policiais que escoltaram Puigdemont era “ajudá-lo a retornar à Bélgica, a fim de que evitasse ser identificado em um território onde a ordem europeia de detenção pudesse ser executada”.
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O julgamento contra os dois policiais que escoltavam Carles Puigdemont começará no dia 24 de maio. Ambos podem ser condenados a três anos de prisão, e à inabilitação do exercício de cargos públicos pelo mesmo período.