Promotoria espanhola define ações pró-independência catalã como terrorismo

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Os grupos a favor da independência da Catalunha seguem sob a mira da Promotoria espanhola, que define as ações pró-independência catalã como “terrorismo nacional”. Mais especificamente, a Promotoria Pública da Espanha faz referência às manifestações dos CDR (Comitês de Defesa da República) e do Tsunami Democrático, um movimento de reação à sentença de 100 anos de prisão, no total, aos líderes civis e políticos catalães, em outubro passado.

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“Movimento violento independentista catalão”, descreve a Promotoria espanhola

No documento de 1759 páginas, que pode ser acessado aqui, a Promotoria espanhola apresenta as manifestações dos CDR e os atos organizados pelo Tsunami Democrático como ações do “independentismo radical e violento catalão“. Na seção 4.2 do capítulo IV, dedicado aos grupos de terrorismo nacional, entre os quais aparece o ETA, a descrição do “movimento violento independentista catalão” é feita assim:

Durante 2019, continuaram sendo produzidas ações violentas e intimidatórias do independentismo radical e violento catalão contra pessoas, grupos e instituições que se posicionam contra o processo separatista. No dia 23 de setembro, no marco da investigação dirigida pelo JCI nº 6 da A.N., a Guarda Civil deteve nove pessoas relacionadas aos Comitês de Defesa da República (CDR), mais especificamente à chamada Equipe de Resposta Tática (ERT), que, supostamente, estavam em fase de preparação de ações violentas.

Durante as inspeções domiciliares, foram encontradas substâncias consideradas precursoras para a confecção de explosivos. Postos à disposição judicial, chegou-se a um acordo para a prisão de sete dos detidos por “pertencimento a organização terrorista, posse de explosivos com fins terroristas e conspiração para danos a bens públicos”.

Além disso, durante os dias prévios ao 14 de outubro, quando o Tribunal Supremo anunciou a sentença sobre o denominado “procés”, dentro de certos setores do independentismo foram aumentando as mobilizações e sendo criadas diferentes dinâmicas, especialmente por meio da plataforma Tsunami Democràtic, aproveitando o imediatismo, o alcance e a privacidade dos canais de mensagem instantânea (especialmente Telegram).

Após tal sentença, graves tumultos aconteceram em diferentes cidades da Catalunha, especialmente em Barcelona, que incluíram a paralisação do aeroporto Josep Tarradellas Barcelona-El Prat, cortes de vias de comunicação (avenidas, ruas, estradas e tráfego ferroviário) e ataques a edifícios públicos (delegações e sub-delegações do governo [espanhol], delegacias, quartéis da Guarda Civil, conselharias do governo catalão, etc)“. (páginas 591-592)

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