O atual presidente da Generalitat de Catalunya, Quim Torra, enviou uma carta ao líder do governo espanhol e a outros líderes mundiais sobre a necessidade de uma mediação internacional para negociar um referendo. O documento data de 26 de setembro, e foi dirigida, especificamente, aos líderes da União Europeia, ao presidente dos Estados Unidos, ao Papa Francisco, ao presidente da China, a Pedro Sánchez (líder do governo da Espanha), e aos líderes da Ucrânia e Kosovo, países que passaram por processos de independência. Torra exige que Sánchez solicite à Promotoria de Justiça espanhola a retirada das acusações contra os líderes independentes presos e assegura que, se forem absolvidos, a Catalunha estará disposta a explorar “todas as possibilidades” com Madrid.
Negociação por um referendo pactado, ou…
Na mensagem dirigida ao líder do governo espanhol, Quim Torra sugere a escolha de um ou mais mediadores institucionais e observadores para facilitar o diálogo, e afirma que a Catalunha está preparada para isso. O objetivo, segundo Torra, é a realização de um referendo “internacionalmente reconhecido, vinculante e justo”, com o compromisso assumido por ambas partes de aceitar o resultado da votação. Nesse sentido, o presidente afirma que a meta não é conseguir a independência “de maneira imediata”.
Quim Torra, entretanto, adverte que, caso não haja um diálogo significativo, e haja uma condenação aos líderes sociais e políticos presos, a exigência de independência imediata será avassaladora. Torra concluiu a carta apostando na transição acordada.
A carta enviada pelo presidente Quim Torra pode ser vista aqui.