Federação de Entidades Excursionistas da Catalunha pede regular o acesso às montanhas para evitar aglomerações

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A Federação de Entidades Excursionistas da Catalunha (FEEC) alertou nesta terça-feira do perigo de degradar os espaços naturais com as “aglomerações” dos visitantes, e exigiu uma regulamentação “urgente” do acesso às montanhas.

Por meio de um comunicado, a FEEC denunciou que a normativa não está sendo cumprida, e que a falta de formação coloca em risco a segurança das pessoas e do meio ambiente. A petição da federação chega uns dias depois da difusão de imagens chocantes que mostravam largas filas na Pica d’Estats, a montanha mais alta da Catalunha, com 3.143 metros de altura.

Em um verão marcado pela pandemia da COVID-19, o turismo interior em espaços naturais da Catalunha registrou uma grande afluência de pessoas, um fato que, segundo a FEEC, coloca em perigo a degradação desses espaços, que não estão preparados para “receber um impacto contínuo”.

“Defendemos o acesso à montanha para todos, mas acreditamos firmemente que medidas importantes devem ser tomadas para regular esse acesso em certas épocas do ano”, disse a federação.

A federação também criticou que a normativa dos parques não está sendo cumprida, seja pelo público “com pouca formação no âmbito da montanha”, ou pelo excesso de pessoas que “desgastam o terreno que não pode resistir a este tipo de movimento constante”.

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Em entrevista à Catalunya Ràdio, o presidente da FEEC, Jordi Merino, pediu que fossem limitados os acessos e exigiu mais educação sobre o meio ambiente.

Um milhão de pessoas fazem atividades no meio natural na Catalunha, o que é uma barbárie. Nós (a FEEC) temos 40.000 federados, e 80.000 são sócios de entidades excursionistas. Para chegar até um milhão faltam muitas pessoas. A maioria não tem formação ou não conhece o meio natural”, alertou.

A secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade da Generalitat, Marta Subirà, afirmou hoje à TV3 que está estudando medidas com o objetivo de “achar um equilíbrio entre o direito ao ócio da cidadania e o direito de proteger a natureza”.

Segundo os Bombeiros da Catalunha, entre o dia 1º de junho e 13 de setembro, faleceram 37 pessoas no meio natural, um número muito superior às 15 pessoas que perderam a vida durante o mesmo período de 2019.

Por Carla Samon Ros

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