Entre as notícias que marcam este sábado, está o êxito da manifestação em Perpinyà em defesa da língua catalã. O evento, convocado pelo centro de cultura catalã da capital da Catalunya Nord, é uma resposta ao Tribunal Constitucional francês, que derrubou a Lei Molac, a lei de proteção às línguas minorizadas na França.
A Lei Molac havia sido aprovada em 8 de abril, com 247 votos a favor e 76 contra, e tinha por objetivos proteger a imersão linguística nas demais línguas faladas na França, a rotulação bilíngue e o uso de grafias que não existem na língua francesa, como algumas que existem no catalão, e outras existentes no bretão.
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“Para que as nossas línguas vivam”
A manifestação em Perpinyà contou com a participação de diversos partidos políticos com representação na Catalunya Nord, bem como de prefeitos de outros municípios do território, que protestaram contra as pressões do governo de Emmanuel Macron. Também participaram dos protestos os profissionais de escolas e entidades culturais da Catalunya Nord, e representantes políticos e civis do Principado da Catalunha, como a Presidenta do Parlamento catalã Laura Borràs, a deputada do partido ERC no Congresso espanhol Montse Bassa, a deputada da CUP na Câmara catalã Dolors Sabater, e membros da Òmnium Cultural e ANC.
O evento, que teve como lemas “Para que as nossas línguas vivam”, “O ensino do catalão é um direito” e “O Estado francês tem o dever de proteger a nossa língua”, terminou com um discurso do ativista Alà Baylac-Ferrer, que pediu a reforma da Constituição francesa para blindar a proteção da língua catalã e de outras minorizadas na França.
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