Quim Torra, presidente da Catalunha, é chamado a declarar perante o Tribunal Supremo de Justiça da Catalunha. Sua presença no órgão jurídico, marcada para o dia 15 de maio, tem por base a abertura de processo por parte da Promotoria de Justiça espanhola, à petição da Junta Eleitoral Central (JEC). Tudo começou durante os dias de campanha para as eleições de 28 de abril. Na fachada da sede do governo catalão, havia pendurada uma faixa com uma mensagem de apoio aos líderes independentistas catalães presos e exilados. De acordo com a JEC, a mensagem feria a neutralidade política durante a época eleitoral.
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A JEC havia exigido que Torra retirasse de forma imediata a faixa, mas a exigência não foi cumprida. Dias depois, uma nova faixa, com a mensagem “Liberdade de expressão e opinião” foi posta na fachada. O presidente da Catalunha será julgado por “delito de desobediência”.
Esse foi o primeiro dos episódios envolvendo a Junta Eleitoral espanhola e sua perseguição ao independentismo catalão. Nesta semana, a entidade anunciou seu veto à participação de Carles Puigdemont e sua chapa, integrada pelos ex-secretários do governo catalão, Toni Comín e Clara Ponsatí, nas eleições para o Parlamento Europeu. A decisão da JEC continua a gerar muitos debates, e não foi unânime. Seu presidente, vice-presidente e duas porta-vozes haviam votado contra a proibição. De acordo com o grupo político Junts per Catalunya, a que pertence Puigdemont, “todos os recursos legais” serão utilizados a fim de que o ex-presidente catalão possa concorrer às eleições europeias.