O 21 de março de 2018 foi bastante movimentado no cenário político catalão. Nas primeiras horas da tarde, o juiz do Tribunal Superior espanhol, Pablo Llarena, tentou impedir que o novo candidato à presidência da Generalitat de Catalunya, Jordi Turull, fosse investido na sessão parlamentar que acontecerá nesta quinta-feira. Llarena ordenou o comparecimento de Turull, Carme Forcadell, Raül Romeva, Dolors Bassa, Marta Rovira e Josep Rull ao tribunal nesta sexta-feira. Existe o risco de prisão preventiva. Entretanto, o presidente do Parlament de Catalunya, Roger Torrent, acelerou as etapas do processo de convocação do ato de posse presidencial. Portanto, nesta quinta-feira, às 13h (hora brasileira), a Catalunha deverá, oficialmente, ter Jordi Turull como o 131º presidente da Generalitat.
O apoio da CUP e o aval do rei da Espanha
Dos três principais partidos independentistas, a CUP é o único que ainda não mostrou apoio à candidatura de Jordi Turull. Alegam os representantes do partido que a proposta política apresentada pelos demais partidos, JuntsxCat e ERC, não estavam completamente de acordo com o projeto de formação republicana. Os membros da CUP farão uma reunião prévia à investidura de Turull, e decidirão se apoiarão ou não o novo candidato à presidência.
A posse de Turull deve passar pelo aval do rei da Espanha, Felipe VI. Apesar de seu posicionamento a favor da repressão espanhola, o rei não tem permissão para alterar o resultado das votações no Parlament. De acordo com a legislação presidencial catalã, uma vez o novo presidente seja eleito, deve exercer a função imediatamente.