A Universidade Catalã de Verão (UCE) realizou um evento dedicado à luta pelos Países Catalães, com a participação de representantes das principais entidades do país. Participaram Antoni Llabrés, presidente da Obra Cultural Balear; Mireia Plana, vice-presidente da Plataforma per la Llengua; Xavier Antich, presidente da Òmnium Cultural; Narcís Figueras, presidente da Coordinadora de Centres d’Estudis de Parla Catalana, e Jordi Casassas, presidente da UCE.
A sessão, organizada pela Federação Llull, colocou na mesa a necessidade de dar um passo adiante. Antich recorreu às palavras do historiador Pierre Vilar e pediu para deixar de pensar nos Países Catalães como um conceito para trabalhar neles como um projeto. Ele lembrou o diagnóstico de Joan Fuster de 1982 sobre o domínio linguístico e valorizou: “Separados somos mais fracos, mas juntos podemos ser muito fortes”, não apenas para defender a cultura e a língua, mas também para travar batalhas compartilhadas, como as da fiscalidade, infraestruturas, o quadro comunicacional ou os direitos nacionais.
Mireia Plana reivindicou o papel da Plataforma per la Llengua nestes últimos trinta anos e destacou que o catalão deveria ser língua de coesão social. Também enfatizou a importância de espaços de socialização que o tornem presente em todos os lugares. Por sua vez, Antoni Llabrés lembrou que, se os Países Catalães fossem um estado, estariam na oitava posição da União Europeia em população, pois são um dos territórios com maior crescimento demográfico.
Narcís Figueras defendeu a necessidade de uma colaboração mais estreita com os equipamentos patrimoniais e as instituições públicas dos diversos territórios, lamentando que nem sempre tenha sido fácil.
Por fim, Jordi Casassas propôs que a próxima edição da UCE, em 2026, tenha como eixo central a análise do conceito e da realidade dos Países Catalães “sem subterfúgios ou dissimulações ideológicas ou políticas”.
*Este texto é uma tradução do artigo original publicado em Vilaweb, utilizado para fins informativos.*