València clama contra l’assassinat de periodistes palestins: “Fi al genocidi, boicot a Israel”

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Um clamor ressoou na praça da Prefeitura de Valência: “A verdade não se mata.” Com este lema, centenas de pessoas denunciaram o genocídio israelense contra o povo palestino, a morte de jornalistas em Gaza e a cumplicidade internacional com a ofensiva do estado de Israel. O ato, convocado por Voces X Palestina e outros coletivos solidários, quis visibilizar a repressão e a censura que os informantes que cobrem o conflito sofrem.

Com uma grande faixa que dizia “Fim ao genocídio, boicote a Israel”, os manifestantes desfraldaram bandeiras palestinas e cartazes, fizeram gritos que denunciaram o silêncio institucional e reivindicaram ações imediatas. “Cada criança morta é uma criança nossa”, ecoaram, e também consignas como “Palestina livre”, “Boicote a Israel”, “Aqueles que atacam jornalistas temem a verdade” e “Do rio ao mar, a Palestina vencerá”. Entre as imagens mais destacadas, viu-se um grande boneco com o rosto do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, com as mãos manchadas de sangue. Outros cartazes mostravam os rostos de alguns dos 238 jornalistas assassinados por Israel desde o início da ofensiva.

“Não queremos fazer parte deste genocídio”

Ahmed Hamdan, fundador de Voces X Palestina, denunciou em declarações à Europa Press o assassinato de quem descreveu como “uma das vozes mais importantes de Gaza”, referindo-se à equipe da Aljazeera. “Nos sentimos identificados com eles. Queríamos dizer ao mundo o que está acontecendo e que não queremos ser cúmplices deste genocídio”, disse. Também denunciou que o estado espanhol era o país europeu que mais armas havia comprado de Israel nos últimos anos. Por sua vez, Jorge Ramos, do movimento BDS País Valencià, qualificou a repressão contra a imprensa como “o maior ataque a jornalistas da história”, superior até mesmo ao das duas guerras mundiais. “Israel entrou em uma nova fase de extermínio e há um clamor mundial para pôr fim a isso”, disse. Acrescentou que as mobilizações continuariam até que a Palestina fosse descolonizada e todas as pessoas, entre o rio e o mar, pudessem viver com igualdade de direitos.

Um manifesto contra a censura e a cumplicidade

Durante o ato, foi lido um manifesto, no qual foi denunciado que se pretendia silenciar as vozes que contavam a verdade do genocídio. Também foi lida a carta póstuma do jornalista Anas al-Sharif, que escreveu antes de ser assassinado por Israel: “Se estas palavras te alcançarem, deves saber que Israel conseguiu me matar e silenciar minha voz.” As entidades convocantes exigiram do governo espanhol a ruptura imediata das relações diplomáticas, comerciais e políticas com Israel, o cessar do comércio de armas e que a União Europeia decretasse o fim da ocupação de Gaza. “Chega de olhar para o outro lado e de promessas vazias. Queremos ações já”, proclamaram. Por fim, fizeram um apelo para proteger e defender o direito à informação, e lembraram que não se poderia permitir que mais jornalistas fossem assassinados simplesmente por contar a verdade.

*Este texto é uma tradução do artigo original publicado em Vilaweb, utilizado para fins informativos.*

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