Um catalão paga o pato pela derrota eleitoral do prefeito de Buenos Aires contra Milei

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O prefeito de Buenos Aires, Jorge Macri, demitiu o assessor político catalão Antoni Gutiérrez-Rubí e anunciou uma reorganização de seu gabinete, numa tentativa de relançar sua gestão após a derrota eleitoral sofrida pelo partido Proposta Republicana (Pro) nas eleições legislativas locais de 18 de maio.

“Como não há condições para sua continuidade, Antoni Gutiérrez-Rubí não continuará assessorando o Pro da cidade”, informou a porta-voz do governo de Buenos Aires, Laura Alonso, que comunicou os primeiros movimentos internos desde a derrota eleitoral, na qual o oficialismo portenho ficou em terceiro lugar.

Segundo detalhou a X, a reorganização da equipe de governo será articulada em torno de cinco eixos estratégicos: “Ordem pública, segurança e limpeza; cuidado, que inclui saúde, educação e desenvolvimento humano; mobilidade; cultura, esporte e turismo; e reforma e simplificação do estado”.

Uma das principais mudanças anunciadas aponta para a criação de um “novo papel” dentro do organograma governamental ligado ao eixo “reforma e simplificação do estado”, com o objetivo de reduzir estruturas e otimizar recursos.

A decisão de Jorge Macri busca recuperar a iniciativa política e encaminhar sua gestão após o revés nas urnas, em um contexto de crescente tensão entre o Pro, partido fundado pelo ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019), e seu aliado La Libertad Avanza (LLA), partido do presidente Javier Milei.

O assessor Gutiérrez-Rubí foi fundamental na estratégia de comunicação do oficialismo local nos últimos anos, mas sua figura causou um forte confronto entre o prefeito e o presidente.

Em janeiro, o mandatário argentino acusou Gutiérrez-Rubí em suas redes sociais de ser “o arquiteto da maior campanha negativa da história”, referindo-se ao seu trabalho com Sergio Massa, rival eleitoral de Milei nas eleições presidenciais de 2023. Mais tarde, acusou Macri de “traição” por contratá-lo.

Nesse sentido, a Direção de Migrações revogou no início de abril a residência de Gutiérrez-Rubí na Argentina por não ter trabalho, atividade fiscal ou renda formal declarada, e instou o assessor a deixar o país nos quinze dias seguintes à notificação “sob a advertência de ordenar sua expulsão”.

Segundo as autoridades, o estrategista eleitoral falsificou sua documentação para entrar na Argentina em 2024, quando solicitou a residência permanente, pois não apresentou desde então atividade laboral nem fiscal.

Este texto é uma tradução do artigo original publicado em Vilaweb, utilizado para fins informativos.

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