Trump sabe desde maio que seu nome aparece nos arquivos de Epstein

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O nome de Donald Trump aparece algumas vezes nos arquivos relacionados ao caso de exploração sexual de Jeffrey Epstein. Foi o que comunicou o Departamento de Justiça norte-americano ao próprio presidente dos Estados Unidos em uma reunião em maio, conforme revelado pelo The Wall Street Journal. O alerta veio da boca da procuradora-geral, Pam Bondi, que lidera a revisão do material do caso, juntamente com seu vice-procurador Todd Blanche. No entanto, as autoridades ressaltaram que a presença do nome de Trump nos documentos não implicava em conduta criminosa.

De acordo com fontes da administração citadas pelo jornal, a reunião foi um dos últimos pontos de um relatório que reunia centenas de nomes socialmente ligados a Epstein, contendo informações que as autoridades qualificam como “rumores não verificados”. Neste mesmo relatório, decidiu-se não publicar mais materiais, pois muitos documentos continham pornografia infantil e dados pessoais de vítimas de tráfico sexual. “Trump disse que confiava no critério do Departamento”, afirmam as mesmas fontes.

No entanto, essa decisão provocou a reação furiosa de muitos seguidores de Trump, que haviam transformado a promessa de tornar pública a suposta “lista de clientes” de Epstein em um dos pontos centrais de sua campanha. No início do ano, Bondi havia assegurado que tinha essa lista “sobre a mesa”. Mas, em julho, o Departamento publicou uma breve nota descartando qualquer nova evidência ou motivo para continuar a investigação sobre terceiros não acusados. As tensões também chegaram ao entorno presidencial. Segundo o WSJ, o diretor do FBI, Kash Patel, e seu número dois, Dan Bongino, eram favoráveis a tornar mais documentos públicos. Bondi e Bongino protagonizaram uma forte discussão em 9 de julho após pedirem explicações à rede ABC sobre a reunião com Trump. De acordo com fontes do governo, Bongino acusou Bondi de mentir e ela o acusou de vazar informações para a imprensa com o intuito de desacreditá-la.

Na semana passada, Trump afirmou publicamente que Bondi não havia lhe dito nada sobre a presença de seu nome nos arquivos, contradizendo a versão que agora a imprensa divulga. Para piorar, o presidente processou judicialmente os jornalistas do WSJ, seu editor e a matriz Dow Jones por terem publicado uma notícia anterior que mencionava uma carta assinada por Trump em um álbum de aniversário de Epstein de 2003. Trump afirma que essa carta “não existe” e acusa o jornal de difamação.

 

Este texto é uma tradução do artigo original publicado em Vilaweb, utilizado para fins informativos.

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