Três mortos e quarenta e seis feridos em centro de distribuição de ajuda em Rafah por tiros do exército israelense

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Pelo menos três palestinos morreram e quarenta e seis ficaram feridos em Rafah, no sul de Gaza, por tiros do exército israelense em um centro de distribuição de ajuda humanitária. Segundo informações da Agência de Mídias do governo de Gaza, também houve sete desaparecidos. As vítimas eram civis que estavam em um dos dois pontos de distribuição abertos ontem pelo governo israelense na localidade, de acordo com o mesmo órgão.

Os eventos ocorreram perto do hospital da Cruz Vermelha de Rafah, para onde essas pessoas tinham ido para receber alimentos, conforme a agência palestina WAFA. O exército israelense reconheceu os tiros, mas afirmou que foram “tiros de advertência” de fora do recinto para lidar com uma situação caótica, como foi escrito nas redes sociais por Avichay Adraee, porta-voz militar em árabe.

As autoridades de Gaza classificaram o ataque como “massacre” e “crime de guerra cometido a sangue frio contra civis exauridos pelo cerco e pela fome contínua”. Também lembraram que há mais de vinte meses os habitantes de Gaza sofrem um bloqueio que os priva de alimentos e medicamentos. “Não há intenção humanitária real – disseram – mas sim uma engenharia política racista destinada a desmantelar a sociedade palestina.”

O Hamas, que controla o enclave, denunciou que os chamados pontos seguros de distribuição são, na verdade, “uma armadilha que ameaça a vida dos civis”. Acusou o estado israelense de usar esses mecanismos para humilhar e chantagear a população e de marginalizar o papel das Nações Unidas. Segundo o Hamas, Israel se vale dessa estratégia para alcançar objetivos militares e políticos, não humanitários.

Por isso, voltou a pedir à comunidade internacional que aja com urgência para deter esse plano e obrigar Israel a abrir as passagens fronteiriças.

Este texto é uma tradução do artigo original publicado em Vilaweb, utilizado para fins informativos.

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