Senadores franceses denunciam “pressões diplomáticas muito fortes”

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Os senadores franceses que se manifestaram, de maneira parcial, sobre a situação política Catalunha denunciam, agora, pressões diplomáticas muito fortes”. Foi o que disse o impulsor da lista assinada por 41 representantes da Câmara francesa, François Calvet, em entrevista à Catalunya Ràdio. De acordo com Calvet, “há pressões muito fortes para que as assinaturas sejam retiradas”. O parlamentar francês, porém, disse que não cederá, pois “são suas ideias e não são contra ninguém, mas sim pelos direitos humanos”.

Calvet explicou que o manifesto tinha por objetivo “denunciar a injustiça e a prisão preventiva dos líderes políticos catalães, mas não ir contra a Espanha”. O senador também comentou que “não exigem que o Estado francês interfira nos assuntos internos da Espanha, mas sim que colabore para que haja um diálogo entre o governo espanhol e o catalão”. Em relação à ex-presidente do Parlamento da Catalunha, Carme Forcadell, Calvet não entende como uma “tão boa pessoa e sem nenhuma ideia revolucionária” pode estar na prisão.

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O Ministro Josep Borrell tenta apagar as chamas

Para Borrell, “o nível de desinformação desses senadores sobre a Catalunha e a ‘realidade espanhola’ é alarmante”.

No dia seguinte à divulgação do manifesto, Josep Borrell, Ministro de Relações Exteriores do governo espanhol, criticou, com veemência, os 41 senadores que se solidarizaram com a Catalunha. Para Borrell, “o nível de desinformação desses senadores sobre a Catalunha e a ‘realidade espanhola’ é alarmante”.

Antes de sua declaração, o governo espanhol havia agradecido publicamente ao governo francês pelo “compromisso com a unidade e a integridade da Espanha”, e pela “rápida e contundente” resposta ao manifesto dos senadores, considerado “inadmissível” pela liderança francesa. Ainda de acordo com o comunicado público, “o governo francês expressa sua plena confiança na democracia espanhola para conduzir um diálogo político pacífico, respeitando a legalidade constitucional e o Estado de direito”.

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