Sandro Rosell é absolvido após 643 dias

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Ex-presidente do FC Barcelona, Sandro Rosell é absolvido após permanecer 643 dias em prisão preventiva. Rosell era acusado de lavagem de dinheiro e de participação em organização criminosa ligada ao ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira. A Promotoria de Justiça espanhola, inicialmente, pedia onze anos de prisão para o ex-dirigente azul-grená, e o pagamento de uma multa de 59 milhões de euros. Posteriormente, a pena de prisão pedida caiu para seis anos.

Críticas a uma prisão preventiva de quase dois anos

Sandro Rosell é absolvido, mas a notícia gerou muitas críticas. O ex-presidente do Barcelona permaneceu por quase dois anos em prisão preventiva, algo inédito no Estado espanhol. Após verificar todas as provas emitidas pela defesa e pela acusação, a Audiência Nacional espanhola disse que “não havia provas concretas” que pudessem demonstrar os atos ilegais de que era acusado Rosell.

Uma das críticas foi feita pelo ex-presidente da Generalitat de Catalunya, Carles Puigdemont. O líder catalão, atualmente exilado na Bélgica, comentou em seu Twitter: “Sandro Rosell esteve dois anos injustamente privado de liberdade. A autora dessa grave vulneração de um direito fundamental continua fazendo “justiça””. Puigdemont se refere à juíza Carmen Lamela, autora da instrução judicial no ‘caso Rosell’. A magistrada também foi a responsável pela decisão de prender a cúpula do governo catalão, em 2018, pela participação na organização do referendo de 2017. No portal de notícias catalão Vilaweb, foi publicada uma lista dos sete escândalos em que esteve envolvida a juíza Carmen Lamela. Um dos mais chamativos está ligado a um caso de malversação, suborno e fraude, em cuja lista de envolvidos estava o presidente do Real Madrid, Florentino Pérez. O caso, porém, foi arquivado por decisão da juíza.

O atual presidente do FC Barcelona, Josep Maria i Bartomeu, também comentou a notícia: “Estou muito feliz pelo meu amigo, os outros cinco acusados e suas famílias. Essa felicidade convive com a indignação pela prisão preventiva”.

Nesta quinta-feira, porém, soube-se que o Ministério Público espanhol estuda recorrer da absolvição de Sandro Rosell.

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