Romero diz que o financiamento singular catalão pode ser aplicado a qualquer autonomia

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A conselheira de Economia e Finanças, Alícia Romero, defendeu esta manhã que a proposta de financiamento singular para a Catalunha é ‘generalizável’ e que pode ser estendida a qualquer comunidade autônoma, levando em consideração as singularidades de cada território. Ela fez essa afirmação em uma intervenção em um colóquio organizado pelo Conselho Geral de Economistas em Madrid, onde lembrou que tem prazo até 30 de junho, data pactuada com a ERC, para concretizar a estrutura de um novo modelo.

‘Quarenta anos de democracia desenharam uma Espanha assimétrica’, disse Romero, citando exemplos como o regime fiscal especial das Canárias ou a existência de uma agência tributária própria na Catalunha. Ela reivindicou, portanto, um modelo que reflita essas assimetrias. Ao mesmo tempo, insistiu em dizer que a proposta catalã ‘não é um concerto’ como o basco, mas sim baseia-se nos princípios de solidariedade e ordinalidade.

Segundo a conselheira, o modelo catalão é ‘transparente e solidário’ e permite financiar adequadamente as especificidades territoriais. Ela defendeu que a Catalunha contribui para a solidariedade ‘para que exista uma igualdade que hoje não existe’, e criticou a obsolescência do sistema atual, que, segundo ela, causa desigualdades comparativas. Como exemplo, mencionou que ‘uma criança de Múrcia recebe menos que uma de Extremadura’.

Também falou sobre a proposta do ministério da Fazenda espanhol de perdoar parcialmente a dívida das autonomias, afirmando que 30% da dívida catalã vem do infrafinanciamento. Segundo ela, a medida beneficiaria a Catalunha com uma redução da dívida de 17.000 milhões de euros e uma economia de 1.500 milhões em juros.

‘A Catalunha voltou, após anos de certa instabilidade, para mostrar, a partir da centralidade, que é possível gerar prosperidade compartilhada tornando a economia mais competitiva’, disse.

Por fim, mencionou a OPA do BBVA sobre o banco Sabadell, reiterando que a Generalitat deseja que o Sabadell mantenha suas atividades, pois tem uma presença muito importante na Catalunha. ‘Possui muitas agências que promovem inclusão financeira e sempre foi o banco das pequenas e médias empresas.’ Perdê-lo, acrescentou, seria prejudicial. Também lembrou que essa posição já foi comunicada ao governo espanhol.

*Este texto é uma tradução do artigo original publicado em Vilaweb, utilizado para fins informativos.*

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