Por mais quatro anos, a cidade de Barcelona será governada por Ada Colau. A reeleita prefeita de Barcelona, da plataforma política Barcelona en Comú, contou com o apoio do PSC e de Manuel Valls (partido Ciudadanos). O resultado não agradou os eleitores independentistas, já que o vencedor das eleições municipais havia sido Ernest Maragall, do partido ERC (Esquerra Republicana de Catalunya). Além disso, foram muitos os eleitores que reprovaram o pacto com PSC, já que o partido foi um dos cúmplices da suspensão do governo da Catalunha por parte do governo espanhol (aplicação do Artigo 155 da constituição espanhola), em 2017. O independentismo, porém, não possuía um número suficiente de regedores eleitos para conseguir a maioria absoluta no governo.
A sessão também foi marcada pela presença de Quim Forn, um dos líderes independentistas julgados em Madrid. Ele obteve permissão do Tribunal Supremo para assistir à sessão de investidura na condição de regedor eleito. Após tomar posse do cargo, Forn foi levado de volta para o presídio de Soto del Real, em Madrid.
Nem independentista, nem anti-independentista: apenas prefeita de Barcelona
Em seu discurso de posse, Ada Colau afirmou que seu objetivo é “promover esforços de diálogo com todos os regedores”. Mais uma vez, Colau buscou o caminho do meio: “nem independentista, nem anti-independentista”. A reeleita prefeita de Barcelona tampouco deixou de abordar o feminismo, e reivindicou que “as mulheres chegaram para mandar e ocupar todos os espaços de poder, sem pedir permissão”. Vale a pena destacar que, na história da Prefeitura de Barcelona, a cidade jamais havia tido uma prefeita.
Em relação a Quim Forn, a representante de Barcelona en Comú lamentou sua condição, e prometeu “manter contatos” com ele, “regedor por pleno direito”. Colau também garantiu que o Ajuntament de Barcelona “continuará a lutar para defender as liberdades e os direitos de todos os cidadãos”.
Como ficaram as demais prefeituras da Catalunha?
Após as sessões de investidura no último sábado, todas as prefeituras da Catalunha sabem quem serão seus líderes para os próximos anos. As forças independentistas conseguiram um número ainda maior de cadeiras. Os partidos JxCat (Junts per Catalunya), ERC e CUP dominam com 748 prefeitos.