Quim Torra se nega a pagar multa imposta pelo Comitê Eleitoral espanhol

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Inabilitado da Presidência catalã, Quim Torra se nega a pagar multa imposta pelo Comitê Eleitoral espanhol. Em mensagem publicada nesta quarta-feira, Torra diz que, como não pagará a multa de 8.500 euros, “será preciso que o Estado espanhol lhe roube o dinheiro”. De acordo com o 131º Presidente da história da Catalunha, a sanção imposta pelo órgão eleitoral espanhol é “um roubo disfarçado de legalidade”.

Vale a pena ler: Nota da ANC sobre a inabilitação do presidente da Catalunha

Leia o comunicado, na íntegra

“Disposto” a ir para a prisão, se for necessário

Torra considera, no comunicado, que as multas por desobedecer à neutralidade eleitoral (em março de 2019) são “completamente irregulares e ilegítimas”. Essas multas são, de acordo com o texto escrito por Torra, “parte de um processo de coerção da liberdade de expressão e da perseguição contra o independentismo na Catalunha”. Portanto, garante que recorrerá ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.

Quim Torra assumiu a Presidência da Catalunha em meados de 2018, após um convulso processo de nomeação, e a vitória do bloco independentista nas eleições de dezembro de 2017, impostas pelo então líder do governo espanhol, Mariano Rajoy, como represália ao referendo de autodeterminação catalã.

No comunicado, Torra reitera que “não pagará as multas voluntariamente”, e que, se for necessário, “estaria disposto a ir para a prisão”, mas “não cederá à imposição do Comitê Eleitoral espanhol”, pois o órgão “atua de maneira irregular para perseguir o independentismo e direitos fundamentais, como a liberdade de expressão“. Além disso, Torra agradeceu o oferecimento de ajuda financeira para pagar as multas, mas não a aceitará.

Finalmente, Quim Torra insta o povo catalão a “retomar o caminho rumo à independência, sem esperar permissões nem diálogos, que nunca acontecerão”. A República Catalã é, de acordo com suas palavras, “a única forma de acabar com a repressão, as prisões e os exílios”, e a única forma de “proteger os direitos civis”.

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