Quim Torra: ‘A condenação vai marcar um antes e um depois’

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Na manhã desta quinta-feira, Quim Torra participou de uma conferência em Madrid, organizada por Europa Press. No evento, o presidente da Catalunha afirmou, em relação aos líderes independentistas catalães presos, que “caso não haja absolvição, haverá um antes e um depois”. Para Torra, a provável condenação, que deverá ser anunciada durante o início de outubro, “iniciará uma nova etapa, marcada pela iniciativa e por uma firme caminhada rumo à independência”. O líder político, no entanto, não entrou em detalhes sobre o plano, mas esclareceu que as ações devem contar com “uma forte mobilização em âmbito institucional e na sociedade”, por meio da “desobediência civil”.

O discurso de Quim Torra aconteceu três dias após o anúncio de um novo movimento do independentismo catalão, o Tsunami Democrático. O objetivo desse movimento é ser uma das respostas plurais à provável sentença contra os líderes políticos e civis catalães. O funcionamento dessa resposta, porém, não foi explicado. Nesta quinta-feira, diversas regiões da Catalunha acordaram com cartazes que continham o lema da iniciativa, “Mudemos o estado das coisas”.

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Pelo exercício do direito à autodeterminação

Apesar de não detalhar as ações posteriores ao anúncio do Tribunal Supremo espanhol, Quim Torra deixou claro que, “na nova etapa que será aberta na Catalunha, o exercício do direito à autodeterminação dos catalães será posto no centro político, com um programa caracterizado pelos valores republicanos e pelo respeito aos direitos humanos“.

O presidente da Catalunha também foi contundente sobre uma hipotética convocação de eleições catalãs se, como é esperado, houver uma sentença que condene os líderes civis e políticos catalães a vários anos de prisão: “realizar eleições é a última coisa que queremos, criaria confrontos, e nos distrairia”. Torra confirmou que JxCat confirmará o “não” à investidura de Pedro Sánchez como líder do governo espanhol. A postura, contudo, não é compartilhada por ERC, que prefere “a abstenção nas votações”, o que favoreceria Sánchez.

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