Mais um capítulo no tenso conflito político entre Catalunha e Espanha começou a ser escrito. Nesta sexta-feira, a Promotoria de Justiça espanhola ordenou que a Promotoria Geral da Catalunha iniciasse a abertura de processo judicial contra Quim Torra, presidente catalão. De acordo com Promotoria de Justiça, Torra cometeu o delito de “desobediência” ao não acatar à Junta Eleitoral, que exigia a retirada de faixas e laços que reivindicavam a liberdade dos líderes independentistas catalães, pois são, de acordo com órgão eleitoral, “símbolos partidistas”. Caso o processo seja tramitado, o presidente da Catalunha pode ser inabilitado politicamente por até dois anos.
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Torra abre processo judicial contra a Junta Eleitoral
Antes da notícia sobre a decisão da Promotoria de Justiça espanhola, foi anunciado que Torra havia aberto um processo judicial contra a Junta Eleitoral. Na manhã de hoje, as faixas e cartazes com mensagens de apoio aos líderes independentistas catalães foram retiradas, e Torra denunciará a Junta Eleitoral por delito de “prevaricação”. Segundo o comunicado escrito pelo presidente catalão, “As resoluções da Junta Eleitoral são injustas porque são arbitrárias, como pode ser demonstrado na notificação feita ontem, que exigia ao presidente fazer coisas que a lei não lhe permite”. Torra apresentará um recurso ao Supremo Tribunal espanhol, e solicitará a suspensão imediata de todas as medidas acionadas pela Junta Eleitoral.