Parlamento debaterá moção de censura ao presidente da Catalunha

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No aniversário de dois anos do referendo de autodeterminação na Catalunha, o Parlamento convocou, para a próxima segunda-feira, o debate e votação da moção de censura a Quim Torra, presidente da Generalitat de Catalunya. A iniciativa foi apresentada pelo partido Ciudadanos, presidido na Câmara por Carlos Carrizosa (foto), e que tem Lorena Roldán como porta-voz e candidata à presidência catalã. A petição acontece em um período de forte discussão sobre as prisões de sete independentistas ligados aos CDRs (Comitês de Defesa da República), acusados pela Audiência Nacional espanhola de “terrorismo”. Além disso, o momento é marcado pela difusão de notícias por parte de jornais espanhóis sobre o suposto envolvimento de Anna Puigdemont, irmã do ex-presidente catalão, em “reuniões secretas que teriam por objetivo a tomada do Parlamento por membros dos CDRs” após a publicação da sentença contra os líderes independentistas. Ela, por sua vez, ofereceu outra versão.

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Como funciona a moção de censura?

De acordo com informações publicadas pelo Parlament de Catalunya, para que uma moção de censura prospere, é preciso que haja 68 parlamentares a favor dela, número que representa a maioria absoluta. Atualmente, dos 135 membros da Câmara catalã, 68 são dos partidos independentistas ERC, JxCat e CUP. Em um hipotético caso de êxito da moção de censura, Lorena Roldán assumiria de forma automática a presidência da Catalunha.

No documento de 64 páginas, registrado no dia 30 de setembro, o grupo parlamentar de Ciudadanos justifica a iniciativa com base, entre diversas razões, na “subordinação de Quim Torra aos planos ilegais de secessão unilateral e forçada da Catalunha do resto da Espanha”. No comunicado, Carles Puigdemont é apresentado como “fugitivo da Justiça”. Ciudadanos também explica que “o governo de Quim Torra tem como prioridade aumentar o gasto de dinheiro público em estruturas de governo que, em vez de resolver os problemas reais dos cidadãos, serviram em 2017 como elementos indispensáveis do golpe à democracia, e que continuam servindo como instrumentos de agitação e propaganda separatista”. As acusações também são direcionadas, segundo Ciudadanos, à “ilegal atividade de busca de apoio internacional à tentativa de separação forçada de Catalunha do resto da Espanha”, e ao fato de “Quim Torra não condenar a violência”.

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