Em coletiva de imprensa realizada nessa sexta-feira, o vice-presidente da Òmnium Cultural, Marcel Mauri, revelou que a entidade lançará nos próximos dias uma campanha de internacionalização do julgamento ao independentismo catalão. Mauri explicou que a campanha “servirá para preparar o caminho rumo ao Tribunal Europeu de Direitos humanos”, com base na mais que provável sentença condenatória contra os líderes políticos e civis catalães.
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Uma campanha para “defender os direitos fundamentais”
O vice-presidente da Òmnium Cultural disse que “a nova campanha digital complementará o que está sendo feito na imprensa internacional”, que acontece mediante artigos de opinião “para sensibilizar a cidadania europeia e explicar a luta e a reivindicação a favor dos direitos e liberdades, que estão em perigo”.
De acordo com Olivier Peters, advocado de Jordi Cuixart, e que esteve presente na coletiva de imprensa, “o caso deverá acabar perante a jurisdição internacional, pois o Tribunal Supremo não é imparcial, e está tomando decisões políticas”. Peters afirmou que o processo judicial contra os líderes independentistas catalães “já foi abordado em vários parlamentos”, e também “no Conselho de Direitos Humanos da ONU”. Oliver Peters continuou, em referência ao Estado e Justiça espanhóis: “Expulsaram a comunidade internacional do Supremo Tribunal, despediram embaixadores, e espalham notícias falsas”. O advogado de Cuixart, porém, se mostrou satisfeito pelo fato de as vulnerações de direitos fundamentais no Estado espanhol “já estarem na agenda das organizações internacionais”, e garantiu que estão, também, “sobre a mesa de diversos governos”.