O plenário da Diputació de Alicante aprovou uma moção apresentada pelo Compromís em defesa da oficialidade do catalão na cidade de Alicante. A proposta recebeu votos favoráveis do PP, PSPV e Compromís, sendo rejeitada apenas pelo Vox.
No dia 26 de junho a Câmara Municipal de Alicante aprovou uma declaração institucional com os votos do PP e Vox, solicitando às Cortes Valencianas que Alicante se torne um município de predominância linguística castelhana dentro da Lei de Uso e Ensino do Valenciano (LUEV). A votação de hoje teve um fato surpreendente: o voto favorável da deputada do PP Cristina García, que também é vereadora na Câmara Municipal de Alicante.
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Antes da aprovação da moção, o deputado do Compromís Ximo Perles aceitou uma emenda in voce apresentada pelo PP, afirmando que “a Diputació não pode se opor à autonomia de outra entidade local” e que “a questão debatida não é uma competência própria da instituição provincial”. No entanto, o texto final reafirma o compromisso da Diputació na defesa do valenciano como língua oficial, histórica e de convivência, reconhecendo a cidade de Alicante como termo municipal de predominância linguística valenciana conforme estabelecido pela Lei de Uso e Ensino do Valenciano.
No debate, Perles agradeceu o apoio do PP, mas insistiu que o que foi aprovado na Câmara Municipal de Alicante foi “um erro e uma vergonha”. “O PP errou e se deixou levar pelo Vox, que vive totalmente alienado da realidade com políticas trumpistas”, acrescentou. Pelo PSPV, Raúl Ruiz, também vereador na Câmara Municipal de Alicante, demonstrou “apoio firme e decidido” à moção e destacou que defender o catalão não é apenas uma questão de língua, mas também de “direitos fundamentais, identidade coletiva e convivência democrática”. Ruiz criticou a proposta do PP e Vox em Alicante como uma tentativa de dividir os cidadãos em um debate que, segundo ele, “realmente não existe nas ruas”, questionando a posição do prefeito Luis Barcala, que “vive ajoelhado diante da extrema direita”.
Em resposta às críticas, o PP culpou o governo do Botànic pela “queda do uso do valenciano” na demarcação de Alicante e defendeu a busca por “consenso” na defesa da língua.
Este texto é uma tradução do artigo original publicado em Vilaweb, utilizado para fins informativos.