O posicionamento do Ministério Público no caso que forçou Mónica Oltra a deixar o cargo de vice-presidente do Conselho é claro: não vê indícios de crime nem na líder do Compromís nem em seus colaboradores, e apoiará a absolvição se o caso for a julgamento. Foi isso que ficou registrado em um relatório no tribunal de instrução número 15 de Valência, conforme adiantado pelo Las Provincias e confirmado por fontes fiscais no VilaWeb.
Agora será o juiz instrutor, que também lidou com casos como o de Emarsa e as agressões de 9 de Outubro, quem terá que decidir se abre um julgamento oral. Apesar de considerar que não há fundamentos suficientes para dar continuidade ao processo, a Audiência de Valência já derrubou o arquivamento inicial. Segundo a sala, o relato dos fatos admite uma dupla interpretação: a que justifica o arquivamento e a que aponta para a existência de um plano para silenciar a vítima.
As demais partes envolvidas já solicitaram formalmente a abertura do julgamento. As acusações incluem Teresa Tanco – a jovem que denunciou ter sido agredida sexualmente pelo ex-marido de Oltra –, o partido de extrema-direita Vox e a associação Gobierna-te, ligada à ativista ultra Cristina Seguí. Todas sustentam que dentro da Conselleria d’Igualtat houve um pacto entre altos cargos e funcionários para ocultar os fatos, levando em consideração as implicações políticas que poderiam ter.
Tanco, representada pelo presidente do grupo de extrema-direita España 2000, José Luis Roberto, pede penas de até três anos e meio de prisão por crimes de prevaricação, malversação e violação da integridade moral. O Vox pede a mesma pena e o Gobierna-te eleva para seis anos.
O ex-marido de Oltra, Luis Ramírez Icardi, que trabalhava em um centro de menores, já foi condenado a cinco anos de prisão e cumpre a pena na prisão de Picassent.
Este texto é uma tradução do artigo original publicado em Vilaweb, utilizado para fins informativos.