Mais que uma vitória: Catalunha 2 – 1 Venezuela

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Mais que uma vitória, Catalunha 2 - 1 Venezuela - Piqué
Piqué, um dos líderes do Barça e da seleção da Catalunha

O dia 25 de março de 2019 já faz parte da história do futebol catalão. No Estadi Municipal de Montilivi, casa do Girona FC, a Catalunha mostrou, mais uma vez, que tem qualidade suficiente para disputar, com decência e ambição, os maiores torneios internacionais entre seleções. Momentaneamente, a seleção catalã não é oficialmente reconhecida, algo que só deverá ocorrer com sua efetiva independência.

Faz mais de dois anos da última partida disputada pela seleção masculina catalã de futebol. A torcida buscava sentir, outra vez, o que é jogar e vencer uma seleção da América do Sul. A última vitória aconteceu em dezembro de 2009, contra a Argentina. O técnico da Catalunha à época era o lendário Johan Cruyff, falecido em 2016. Nessa segunda-feira, nada poderia falhar. Estava em jogo o valor de uma seleção que busca, definitivamente, um espaço no cenário futebolístico internacional. Estava em jogo, mais especificamente na arquibancada, uma reivindicação que tem marcado o âmbito político-social no território catalão. A Catalunha, mais uma vez, e por duas horas, se tornou protagonista.

Domínio catalão, perigo venezuelano

Uma das maiores expectativas para o amistoso era a presença de Xavi Hernández. O centrocampista, porém, não pôde estar presente. Sua ausência, entretanto, não impediu que a Catalunha dominasse a partida desde o início. Um domínio sobre uma seleção que, dias atrás, havia derrotado a Argentina, em amistoso disputado no Wanda Metropolitano, em Madrid. Apesar do jogo de posse dos catalães, foi a Venezuela que dispôs das melhores oportunidades no primeiro tempo: duas bolas no travessão e uma na trave. Os donos da casa tiveram na batida de falta de Piqué a chance mais clara de inaugurar o placar. O zagueiro do FC Barcelona não tem o costume de bater faltas, mas seu disparo acertou o travessão venezuelano.

Mais que uma vitória, Catalunha 2 - 1 Venezuela - Bojan
Bojan abre o placar para a Catalunha

Alegria no segundo tempo, e com promessas

O resultado parcial permitia que os ‘seguidors’ da Catalunha continuassem a sonhar com uma noite de festa ainda maior. E como sonhou. Aos 53 minutos, o meio-campista Riqui Puig, um dos maiores talentos e promessas do FC Barcelona, e que havia acabado de substituir Gerard Piqué, serviu uma excelente assistência para o lateral Martín Montoya, que deixou o artilheiro Bojan Krkic em condições imelhoráveis para inaugurar o placar (1 – 0). Uma jogada que contou com a participação de um atual jogador do Barça, e dois que já vestiram a camisa azul-grená.

A festa no Montilivi durou muito pouco. Seis minutos depois, Rosales, aproveitando erro de Montoya, empatou a partida para a Venezuela. O empate em 1 a 1 levaria a partida para a disputa de pênaltis. Os catalães, porém, queriam encerrar a noite com festa, e sem demora. Persistiram, como sempre, e como o povo catalão em geral. Aos 89 minutos, Javi Puado, promessa do Espanyol, acertou um imparável chute, dentro da grande área, para marcar o gol da vitória da Catalunha.

Ao fim da partida, os jogadores catalães, com toda a equipe técnica da seleção, posaram para a foto comemorativa, e com o troféu em mãos.

Fatos e curiosidades

Mais que uma vitória, Catalunha 2 - 1 Venezuela - Sergio Garcia
Sergio Garcia, recordista de partidas com a seleção catalã

A seleção da Catalunha poderia ter sido ainda mais forte, não fosse a concomitância dos compromissos amistosos da seleção espanhola. Sergio Busquets e Jordi Alba, por exemplo, não puderam representar a seleção catalã, pois estão concentrados com a equipe dirigida por Luis Enrique. Cesc Fàbregas, por sua vez, se recupera de uma lesão. Por último, Xavi Hernández. Aos 39 anos, o talentoso centrocampista espera ter mais uma oportunidade para defender a seleção catalã.

A torcida catalã, como sempre, mostrou que uma partida da seleção é mais que um compromisso esportivo. Com numerosas estelades, as bandeiras independentistas, os torcedores entoaram o cântico tão presente, por exemplo, nas partidas do Barcelona no Camp Nou. Aos 17 minutos e 14 segundos, gritaram “In-Inde-Independència!”, e continuaram com gritos de apoio à liberdade dos líderes independentistas catalães.

O atacante Sergio Garcia, do Espanyol, se tornou o jogador com mais partidas disputadas com a seleção catalã. Aos 35 anos, Sergio Garcia acumula 16 participações com a Catalunha, tendo marcado 8 gols, o que o faz ser o maior artilheiro da história da ‘Selecció’.

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