Mais de cem ex-eurodeputados pedem a suspensão do acordo de associação entre a UE e Israel

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Cento e dez ex-eurodeputados – entre eles, dois ex-presidentes do Parlamento Europeu – enviaram uma carta aberta à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e à alta representante da UE, Kaja Kallas, pedindo que proponham urgentemente a suspensão total do acordo de associação da UE com Israel.

Entre os signatários estão representantes das principais famílias políticas europeias e alguns ex-eurodeputados dos Países Catalães, como Maria Badia (PSC), Josep Borrell (PSC), Joan Colom (PSC), Ignasi Guardans (CiU), Ernest Maragall (ERC), Teresa Riera (PSIB), Domènec Ruiz (PSPV), Enrique Guerrero (PSPV) e Jordi Sebastià (Compromís). Todos alertam que, caso o acordo de associação não seja suspenso, a Comissão Europeia corre o risco de violar os tratados por ‘inércia culposa’, e afirmam que se não aceitarem a proposta ‘sua cumplicidade com esse crime de guerra ficará exposta’.

Em maio, a Comissão anunciou que revisaria o acordo de associação, que regula um quadro de colaboração nas relações políticas, comerciais, científicas e culturais entre a União Europeia e Israel. No entanto, em julho, os ministros das Relações Exteriores da UE descartaram a suspensão total por falta de consenso entre os governos e optaram por uma medida muito mais modesta: a suspensão parcial da participação de Israel no programa de pesquisa Horizon Europe.

Para os signatários, é uma medida insuficiente e tardia, lembrando que o próprio relatório de revisão da Comissão Europeia, publicado em junho, já demonstrava o descumprimento por parte de Israel do artigo 2 do acordo de associação, que estipula que as relações devem ser baseadas no respeito aos direitos humanos e aos princípios democráticos.

‘Enquanto o fechamento das fronteiras de Gaza não for encerrado e não for permitido acesso humanitário sem obstáculos pela ONU e pelas ONGs associadas’, eles pedem que o acordo de associação seja suspenso. Também consideram o bloqueio de Gaza um crime de guerra.

É possível consultar a carta aberta e a lista completa de signatários a seguir.

Este texto é uma tradução do artigo original publicado em Vilaweb, utilizado para fins informativos.

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