Nesta quinta-feira, a Plataforma per la Llengua, em conjunto com a Federação Nacional de Estudantes da Catalunha (FNEC) e o Sindicato de Estudantes dos Países Catalães (SNEC) lançou uma campanha para combater a discriminação contra a língua catalã nas universidades. A campanha, cujos detalhes podem ser vistos neste site, tem por objetivo facilitar as denúncias de estudantes que tenham sofrido algum tipo de discriminação linguística em âmbito universitário.
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O que diz o manifesto desta campanha pela língua catalã?
Tal como descreve o manifesto da campanha, foram detectadas de maneira “constante”, nos últimos anos, “denúncias por discriminação linguística nas universidades de territórios de fala catalã”. No documento, esses territórios, conhecidos como Países Catalães, são Catalunha, Ilhas Baleares e País Valenciano, embora haja outros, como Alguer (na Itália).
Entre as queixas dos estudantes, está a “baixa oferta de disciplinas curriculares em língua catalã“. Nesse sentido, o manifesto explica que, ultimamente, “tem havido um relaxamento na consciência linguística dos profissionais universitários”, além de “falta de ação por parte dos administradores das universidades” que, segundo o manifesto, “permitiram vulnerações de direitos básicos, como o incumprimento de usar a língua anunciada na grade curricular”. A campanha também denuncia a “falta de vontade” por parte das universidades de “respeitar os artigos sobre a língua catalã” presentes em seus próprios estatutos.
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Como as denúncias podem ser feitas?
As denúncias podem ser feitas em menos de cinco minutos, por meio de preenchimento de um formulário no site da campanha com as seguintes informações: nome, e-mail, instituição universitária, estudos cursados na universidade e o tipo de vulneração sofrida. Os resultados serão publicados a cada quatro meses pelas entidades organizadoras da campanha.
A campanha, porém, não se limita a ser uma vitrine de denúncias contra as vulnerações contra a língua catalã. Conforme é explicado na nota publicada por Plataforma per la Llengua, “é importante que os alunos conheçam e tomem consciência de seus direitos linguísticos”.
Além dos estudantes, as entidades instam os reitores a “tomar medidas” para que os direitos linguísticos dos estudantes sejam garantidos. Entre as medidas propostas, está o “aumento da porcentagem de disciplinas em catalão” (no mínimo, 60%, nos casos de graduações e mestrados), “um nível mínimo de conhecimentos de língua catalã por parte dos professores e outros profissionais universitários”, e “oferta de recursos suficientes para que os incumprimentos do plano docente sejam solucionados o mais rapidamente possível”. Concretamente, nos casos em que uma disciplina seja ensinada em língua espanhola quando, no plano curricular, previa-se um ensino em língua catalã.
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