O governo liderado pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, planeja se reunir no final de semana para decidir se amplia a ofensiva sobre Gaza em meio a especulações sobre um possível plano para ocupar completamente o enclave palestino, onde mais de 60.900 pessoas já morreram.
Netanyahu anunciou que convocaria “o governo no final de semana para orientar as forças de defesa de Israel sobre como alcançar os três objetivos da guerra”, e acrescentou que esses objetivos eram “a derrota do inimigo, a libertação dos reféns e garantir que Gaza nunca mais seja uma ameaça para Israel”.
A reunião ocorrerá após a divulgação dos vídeos de dois reféns, Evyatar David e Rom Braslavski, onde aparecem pálidos e magros de fome. Após essas imagens, o representante de Israel nas Nações Unidas, Danny Danon, solicitou uma reunião de urgência no Conselho de Segurança da ONU.
O porta-voz das brigadas do Hamas, Abú Obeida, negou categoricamente as acusações de Israel e insistiu que a situação dos sequestrados é consequência do bloqueio israelense, que condena a população de Gaza à fome.
Segundo fontes citadas pelo canal de televisão israelense 12, Netanyahu decidiu ocupar Gaza após a situação dos reféns para demonstrar que o Hamas realmente não queria nenhum acordo de cessar-fogo. No entanto, essas mesmas fontes apontam que o governo está dividido sobre essa decisão.
Este texto é uma tradução do artigo original publicado em Vilaweb, utilizado para fins informativos.