Governo espanhol responde aos líderes independentistas catalães presos e exilados

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Na sessão do Senado espanhol desta terça-feira, Carmen Calvo, vice-presidenta do Governo, voltou a negar uma concessão de anistia aos líderes independentistas catalães presos e exilados, e afirmou que os “exilados políticos” são “fugitivos da Justiça”. As palavras de Calvo foram ditas durante debate com Josep Lluís Cleries, portavoz do partido Junts per Catalunya no Congresso.

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Calvo diz que, no Estado espanhol, vive-se uma “democracia plena”

A vice-presidenta do governo espanhol criticou o porta-voz catalão por falar em “presos e exilados políticos”. Calvo garantiu que “existe plena democracia no Estado espanhol”, e disse que o porta-voz catalão poderia “agradecer” pelo fato de “dispor de um assento, de voz e de direito ao voto” no Congresso, o que, para ela, demonstra que “o Estado espanhol é democrático”.

A afirmação da vice-presidenta foi criticada por Cleries: “Enquanto vocês falam de plena democracia, umas placas publicitárias em Madrid fomentam o racismo e a xenofobia, e não foram retiradas. Mas, por uma faixa que pedia liberdade de expressão na Catalunha, obrigaram a retirá-la e inabilitaram o presidente da Generalitat. Nenhum dos ultras que participaram do assalto a Blanquerna foi preso, e dois deles se apresentam nas eleições [de Madrid]. A senhora se sente satisfeita com essa democracia plena?”.

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Cleries continuou: “Democracia plena com a Lei da Mordaça? Uma democracia que não permite falar de anistia no Congresso e no Senado, que não permite investigar o rei emérito.

Em resposta ao porta-voz de Junts per Catalunya, Carmen Calvo voltou a falar na “liberdade” de Cleries no Senado: “O senhor tem uma posição remunerada e pode expressar livremente as suas ideias aqui. O que você chama de exílio, aqui e em todo o mundo, é fugir da justiça. Quando a proposta de anistia é feita, a nossa única resposta é que ela não pode ser considerada em um Estado constitucional democrático, porque isso seria, literalmente, suprimir o poder judicial. Vocês tentam quebrar a Constituição, e cometem delitos pelo que fizeram. Não repitam isso”.

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