O Parque Natural de Ports não possui nenhum plano de prevenção de incêndios. O governo reconheceu isso depois que a CUP denunciou essa irregularidade. O incêndio em Paüls afeta essa área e já queimou 3.100 hectares, dos quais, precisamente, 1.112,46 estão dentro do parque natural.
Fontes do Departamento de Território reconhecem ao VilaWeb que há trinta e nove anos o plano de prevenção de incêndios do parque natural de Ports deveria ter sido feito pelo decreto 78/1986, que estabelece que os espaços naturais de proteção especial devem elaborar um plano básico de prevenção de incêndios.
O governo assegura que já está trabalhando com a Direção Geral de Florestas e que já fez a transferência para iniciar a licitação. “Este governo não quer entrar em acusações, mas está focado em garantir a preservação da biodiversidade e a prevenção de incêndios”, explicam do Território. O Departamento diz que, além do de Ports, também está trabalhando com o do Alto Pirineu e Cadí e que o de Cap de Creus e o de Capçalera del Ter já estão em fase de aprovação.
Esta manhã, a deputada da CUP Pilar Castillejo criticou que não tenha sido retirado “nenhum aprendizado” de grandes incêndios como o de Horta de Sant Joan (Terra Alta) de 2009. “É necessária uma gestão adequada do território e um modelo que não abandone o setor primário”, disse. Também denunciou que o modelo atual “levou ao despovoamento e envelhecimento da população com economias muito dependentes do turismo”.
Um instrumento chave
Os planos de prevenção de incêndios dos parques naturais da Catalunha são instrumentos essenciais para proteger os valores ecológicos, paisagísticos e sociais desses espaços protegidos diante do risco de incêndios florestais. Esses planos têm como principal objetivo reduzir a vulnerabilidade do território, minimizar a propagação do fogo e facilitar as tarefas de extinção em caso de incêndio.
Cada plano é elaborado levando em consideração as características específicas do parque — sua geografia, vegetação predominante, uso do solo, infraestruturas existentes e pressão humana — e inclui um diagnóstico detalhado do risco de incêndio. A partir dessa análise, são estabelecidas medidas concretas de gestão do combustível florestal (como faixas de baixa carga combustível, aceiros ou clareiras), melhoria da rede de caminhos e pontos de água para facilitar o acesso das equipes de emergência, bem como ações de sensibilização e coordenação com a população local.
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Este texto é uma tradução do artigo original publicado em Vilaweb, utilizado para fins informativos.