França e o Reino Unido fecharam um acordo migratório para os fluxos no canal da Mancha após anos de negociações. O Reino Unido aceitará alguns solicitantes de asilo, mas devolverá outros ao estado francês, em uma proporção que o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, situou em um para um. “Pela primeira vez, as pessoas que chegarem de forma ilegal através do canal serão deportadas para a França. Em troca, aceitaremos uma pessoa que chegou por vias legais para cada uma retornada”, indicou. Os principais obstáculos foram o financiamento da polícia da costa norte francesa pelo Reino Unido e a preocupação da França com a economia submersa do Reino Unido, como foco de atração de migrantes.
Starmer, que espera que o pacto possa começar a funcionar em algumas semanas, e o presidente francês, Emmanuel Macron, se encontraram em Londres durante três dias para abordar o pacto migratório, bem como a relação comercial e em defesa ou apoio à Ucrânia, segundo o Eliseu e Downing Street. Os dois líderes concordaram sobre a necessidade de encontrar “soluções compartilhadas” diante da ameaça da imigração irregular e das “falsas promessas de emprego” para vender lugares nas embarcações, destacou o executivo britânico.
Posição da Comissão Europeia
Em uma coletiva de imprensa, Markus Lammert, porta-voz de assuntos internos da Comissão Europeia, afirmou que é alarmante o crescente número de imigrantes que atravessam o canal da Mancha de maneira clandestina e pediu uma resposta contundente. Assim, a Comissão está trabalhando com o Reino Unido e a França, bem como outros estados membros da União Europeia, para que as soluções sejam compatíveis com “o espírito e a legislação” da UE, explicou o porta-voz.
*Este texto é uma tradução do artigo original publicado em Vilaweb, utilizado para fins informativos.*