“Fora, Bolsonaro!” é o lema da manifestação brasileira em Barcelona deste sábado, às 19h, liderada pela Frente Internacional Brasileira (FIBRA). A organização lidera uma campanha internacional contra o atual presidente brasileiro, e convoca os manifestantes a protestarem contra a “gestão genocida”. No terreno político, Jair Bolsonaro, entre outras críticas que marcam seu governo, foi questionado por seu apoio unilateral a Israel durante o recente conflito bélico entre israelenses e palestinos, um apoio compartilhado, entre outros representantes políticos, pela líder do governo de Madrid.
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“Caos promovido pelo governo”
De acordo com a Frente Internacional Brasileira, Jair Bolsonaro é responsável por um “caos que coloca a democracia em risco gravíssimo”. Até o momento, mais de 400 cidades ao redor do mundo estão na lista das manifestações deste 19 de junho.
Além das críticas contra a gestão da pandemia por parte do governo brasileiro, cujo líder considerou o coronavírus uma “gripezinha”, os manifestantes exigem propostas eficazes de reaquecimento da economia no país. As causas feministas, LGBTQIA+ e antirracistas também marcarão as manifestações na Catalunha, no Brasil e ao redor do mundo.
O protesto em Barcelona acontecerá na Plaça de Sant Jaume, um lugar frequentemente escolhido para manifestações. Recentemente, a ANC (Assembleia Nacional Catalã), organizou uma manifestação para exigir um governo independentista, defendendo, assim, o resultado das eleições parlamentares de 14 de fevereiro deste ano. A capital catalã também foi, há poucas semanas, cenário de uma manifestação contra o aumento da conta de luz.
Nesta próxima segunda-feira, a capital da Catalunha viverá outra manifestação. Dessa vez, contra o discurso público que o líder do governo espanhol, Pedro Sánchez, fará no Teatro Liceu. O socialista discursará sobre sua estratégia política relacionada à concessão de indultos aos líderes independentistas catalães. O gesto de Pedro Sánchez, porém, é considerado por entidades civis da Catalunha como uma “farsa”, e que não ajudará a resolver o conflito político entre Catalunha e Espanha.
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