De acordo com o relatório anual preparado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Andorra deveria ter 12% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em reservas monetárias no exterior. O país, que se tornou o 190º membro de pleno direito do FMI em outubro de 2020, foi elogiado por sua “estabilidade política de longa duração, boa trajetória de disciplina fiscal”, e por como lidou com a pandemia. De todas as formas, segundo o relatório da entidade, o país precisa incrementar suas reservas internacionais para dispor de “maior resiliência em futuros cenários de crises que venham a impactar o turismo”.
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Mais recomendações do FMI para Andorra
O relatório anual do FMI sobre Andorra também recomenda ao país, “no curto prazo, continuar apoiando a malha produtiva, bem como aumentar o investimento público no longo prazo”, especialmente em transporte, energias renováveis, educação, infraestruturas, e na adaptação das áreas de neve à mudança climática.
Em relação à gestão da pandemia, o Ministro de Finanças andorrano, Eric Jover, que apresentou a análise do FMI nessa sexta-feira, comentou que a entidade monetária “elogiou as medidas econômicas implementadas pelo governo” para lidar com a crise sanitária. De fato, em julho do ano passado, Andorra anunciou estar livre da COVID (embora isso tenha sido anunciado de maneira prematura, já que o número de contágios voltou a subir no mês de setembro).
“O relatório indica que a nossa resposta à pandemia permitiu que as medidas que aplicamos fosse menos restritivas que as das regiões vizinhas, o que diminuiu o impacto na economia”, disse Eric Jover.
Sobre a porcentagem do PIB andorrano sugerido pelo FMI, o Ministro de Finanças garantiu que Andorra “já disponibiliza de 2% de seu Produto Interno Bruto em reservas internacionais“, e que o governo “trabalhará para incrementá-lo de maneira progressiva”.