O palhaço Antoni Maria Claret Papiol i March, conhecido artisticamente como Claret Papiol, faleceu hoje aos setenta e um anos. Considerado uma figura fundamental na renovação da linguagem cênica dos palhaços em nosso país, ele também foi um dos primeiros a reivindicar o catalão nesse âmbito.
Formado em interpretação pelo Instituto del Teatre, ele se formou como clown com mestres como Philippe Gaulier, os irmãos Colombaioni, Pierre Byland, Michel Dallaire, Pierre Pilatte e Avner. Nos anos setenta, formou, com Jaume Mateu – Tortell Poltrona -, a dupla Germans Poltrona. Em 1978, estrearam o espetáculo “Espectacle de circ”, uma montagem coletiva que antecipava o nascimento do Circ Cric. Apesar da dupla ter se dissolvido nos anos oitenta, Papiol e Mateu mantiveram uma colaboração artística por décadas.
Com mais de quarenta anos de trajetória, ele fundou a Companhia Cômica la Ganga, juntamente com Jordi Bardàvio e Xavier Soler, e também Claret Clown. Trabalhou com grupos como o Circ Raluy, Marduix Titelles, Teatre de la Claca, Big Wheel Theatre Company, Bras de Fer e Les Hommes en Noir. Também teve uma presença destacada no audiovisual: foi roteirista e ator em séries como Fes Flash, Comic Adventures e El Capità Enciam.
Em 2023, recebeu o prêmio Zirkòlica pela trajetória, em reconhecimento à sua contribuição para o mundo do circo. O Instituto del Teatre destacou que seu trabalho foi fundamental para modernizar a cena do clown catalão e normalizar o uso da língua catalã.
Este texto é uma tradução do artigo original publicado em Vilaweb, utilizado para fins informativos.