O exército israelense confirmou hoje que iniciou a invasão terrestre da Cidade de Gaza. O porta-voz militar, o brigadeiro-general Effie Deffrin, afirmou que as tropas já controlavam a periferia da cidade e se preparavam para avançar para o interior. No terreno, os bombardeios e a destruição de infraestruturas essenciais continuam, em meio a uma grave crise humanitária.
Israel mobiliza 60.000 reservistas para ocupar completamente a Cidade de Gaza
#Israel entrou nas primeiras fases de seu ataque planejado à #Gaza City após um confronto com o Hamas e já tem controle sobre as áreas externas da cidade, diz o porta-voz militar israelense Effie Defrin. https://t.co/TRJy1JRTrW pic.twitter.com/8AW47V1pp4
— Al Arabiya English (@AlArabiya_Eng) 20 de agosto de 2025
No mesmo comunicado, o exército explicou que ontem repeliu um ataque de mais de quinze combatentes palestinos contra um destacamento israelense em Khan Yunis, ao sul de Gaza. Três soldados israelenses ficaram feridos, um deles em estado grave.
O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Israel Katz, planejam aprovar amanhã o plano completo para a conquista da Cidade de Gaza. A decisão será tomada em um contexto em que o Hamas, com a mediação do Egito e do Catar, apresentou uma proposta de trégua de sessenta dias que incluiria a libertação de dez reféns. Fontes da mediação citadas pelo Jerusalem Post afirmam que o esquema é muito semelhante ao que Israel já havia aceitado semanas atrás. No entanto, o governo israelense mantém uma posição ambígua: por um lado, insiste que só aceitará um acordo que garanta a libertação de todos os reféns; por outro lado, não rejeitou explicitamente a proposta.
Estados Unidos exigem um acordo imediato
O enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, disse à Fox News que a Casa Branca estava pressionando para que um acordo imediato fosse alcançado. Segundo ele, “o presidente Trump foi muito claro: todos os reféns devem ser devolvidos e o conflito deve acabar agora”. Witkoff acrescentou que Washington defendia que, uma vez que houvesse uma trégua, Gaza deveria ser reconstruída “como o presidente havia planejado”.
Este texto é uma tradução do artigo original publicado em Vilaweb, utilizado para fins informativos.