As equipes de resgate encontraram os corpos sem vida de mais dois trabalhadores que haviam ficado presos na quinta-feira na mina do Teniente, a maior mina subterrânea de cobre do mundo, localizada em Machalí, um município da região de O’Higgins, a 83 quilômetros de Santiago do Chile. Isso eleva para quatro o número de mortos entre os mineiros desaparecidos após o colapso.
A empresa estatal Codelco, operadora da mina, confirmou a descoberta e identificou o mineiro encontrado ontem como Gonzalo Núñez Caroca. “Acompanhamos a angústia que esta situação gera nas famílias e em toda a comunidade”, comunicou a empresa em uma nota.
Na quinta-feira, um terremoto desabou a mina, localizada a quinhentos metros abaixo da terra, e a saída ficou completamente bloqueada. O desabamento foi causado por um terremoto de magnitude 4,2 registrado às 17h34 de quinta-feira. O acidente é o mais grave desde o deslizamento na mina de San José, na região de Atacama, que deixou trinta e três mineiros presos por dois meses em 2010, sendo resgatados com vida em uma operação histórica.
O Teniente é a maior mina de cobre do mundo e possui mais de 4.500 quilômetros de galerias escavadas. Mais de uma centena de efetivos continuam perfurando entre os escombros da galeria onde os mineiros estavam para procurar uma possível área de refúgio onde os trabalhadores desaparecidos poderiam ter se protegido.
O gerente da Codelco na mina, Andrés Music, explicou nas últimas horas uma mudança na metodologia de resgate. Agora estão sendo utilizadas pás teledirigidas para garantir a segurança das equipes de resgate.
*Este texto é uma tradução do artigo original publicado em Vilaweb, utilizado para fins informativos.*