O coordenador de comunicações da Emergências já sabia às 18h09 que teria que enviar a mensagem Es Alert no dia 29 de outubro. A mensagem foi enviada finalmente duas horas depois. Esta é uma das declarações feitas hoje ao depor como testemunha perante a juíza que instrui a causa da tempestade. Dessa forma, o depoimento confirma as primeiras declarações feitas pela magistrada em um de seus atos, quando disse que o alarme foi acionado tarde demais. No entanto, às 18h09, o barranco já havia transbordado em pontos como Xiva e já havia vítimas fatais devido à intensidade das chuvas em localidades como Utiel.
O coordenador explicou que de manhã, no dia da tempestade, estava tudo normal, mas que às 15h39 recebeu uma ligação para preparar uma videoconferência para as 17h, horário em que o CECOPI deveria se reunir. Primeiro ele preparou na chamada Sala Cinza, onde normalmente essas reuniões acontecem, mas depois disseram para ele preparar na sala vermelha, que é menor.
O subdiretor geral da Emergências, Jorge Suárez, pediu para ele preparar outra videoconferência chamada ‘Conferência Forata’ para as 18h50, mas no final não foi feita. Alguns prefeitos das cidades afetadas declararam dias depois do dia 29 de outubro que receberam um e-mail os convocando para uma reunião à tarde que não aconteceu.
O testemunho também ratificou a informação sobre a interrupção da reunião do CECOPI entre as 18h12 e as 19h12. E também disse que às 18h09 enviou uma mensagem para um grupo com vários colegas dizendo que planejavam enviar o alarme EsAlert. Finalmente, o alarme foi enviado às 20h11.
O coordenador de comunicações afirmou que as reuniões do CECOPI não são gravadas por padrão, só acontece se alguém der uma ordem, mas ele nunca esteve em uma reunião que tenha sido gravada. Além disso, o testemunho disse que viu o presidente da Generalitat, Carlos Mazón, entrar às 20h31, mas não sabe para onde ele foi.
*Este texto é uma tradução do artigo original publicado em Vilaweb, utilizado para fins informativos.*