Deputados suíços se manifestam sobre situação política na Catalunha

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Nessa sexta-feira, deputados suíços interpelaram o governo do país a se pronunciar sobre a situação política na Catalunha, e sobre pontos específicos como a anistia aos líderes independentistas presos e uma solução para o conflito político entre Catalunha e Espanha. A petição foi registrada pelo deputado socialista Christian Dandrès, e conta com o apoio de 22 deputados, majoritariamente do Partido Socialista Suíço, que tem a segunda maior representação na Câmara.

Suíça, comprometida com as liberdades fundamentais

Na interpelação parlamentária, o deputado Dandrès explica que a realização do referendo de autodeterminação, em 1º de outubro de 2017, provocou uma “onda repressiva” contra políticos e ativistas catalães, e que essa “repressão em grande escala” ainda existe, com mais de 3000 processos ativos.

Assim, o deputado afirma que “a Suíça não deve decidir pelo povo da Espanha e pelos catalães, mas faz parte da comunidade internacional, e deve se comprometer com as liberdades fundamentais, a democracia e o Estado de direito”. O documento reforça a necessidade de que “uma questão política que mobiliza milhões de pessoas [a independência] deve ser abordada politicamente, por meio do diálogo e do debate, não por ações penais“.

Vale a pena ler: Relatório do governo da Catalunha sobre as consequências do referendo de 2017

Além das atuações contra o movimento independentista catalão, vencedor das últimas eleições parlamentares com 52% dos votos, a interpelação parlamentária relembra os casos de “perseguição” contra artistas, como Pablo Hasél e Valtònyc. “São inaceitáveis”, criticam os deputados que assinaram a interpelação.

Dessa forma, Dandrès e os demais deputados perguntam ao Conselho Federal da Suíça se “há a intenção de respeitar os seus compromissos internacionais e trabalhar pela restauração do Estado de direito na Espanha”. Esse compromisso e trabalho são baseados em quatro linhas de ação: “colocar um ponto final à perseguição contra políticos e ativistas”, “encerrar todos os processos ativos e anistiar todos os condenados”; “respeitar os direitos democráticos, inclusive o da autodeterminação“; e facilitar a resolução do conflito político entre Catalunha e Espanha por meio da intervenção da comunidade internacional”.

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