O ex-ministro da Fazenda espanhol Cristóbal Montoro comunicou hoje ao PP que deixava de ser afiliado do partido. Segundo fontes do partido, o Comitê de Direitos e Garantias decidiu ontem à noite abrir um procedimento de informação relacionado ao caso que levou à sua acusação por supostamente ter manipulado leis em favor de uma patronal do gás quando era ministro. Agora esse procedimento está suspenso, diz o PP.
O tribunal de instrução 2 de Tarragona investiga Montoro por liderar uma suposta trama de corrupção que utilizava o ministério para modificar leis e regulamentos ditados por empresas privadas, em troca de contrapartidas econômicas.
O juiz considera que Montoro liderava uma organização com conexões dentro e fora da administração, formada por altos cargos, ex-funcionários e diretores de seu antigo escritório privado, com o objetivo de obter benefícios econômicos através do uso fraudulento da potestade legislativa do ministério.
O caso inclui um total de vinte e oito pessoas físicas e seis jurídicas acusadas dos crimes de suborno, prevaricação, tráfico de influências, corrupção nos negócios, fraude contra a administração, negociações proibidas a funcionários e falsidade documental.
Dentre os investigados, há uma parte destacada da equipe que cercava Montoro durante sua passagem pelo ministério, como o ex-secretário de estado Miguel Ferré, a subsecretária de Orçamento Pilar Platero, e os ex-diretores gerais de Tributos Diego Martín-Abril e José Alberto García. Também constam cargos diretivos da Agência Tributária e altos assessores de seu gabinete.
Este texto é uma tradução do artigo original publicado em Vilaweb, utilizado para fins informativos.