O cônsul-geral da Espanha em Munique, Francisco Pascual de la Parte, protagonizou um momento polêmico na palestra ministrada por Josep Costa, vice-presidente do Parlamento catalão. O evento foi organizado pela Universidade de Augsburg, na Alemanha, e teve como tema ‘Catalunha e Espanha: o caminho a seguir’. Durante o discurso de Costa, o cônsul espanhol, que não havia sido convidado para a palestra, dedicou boa parte do tempo a criticar o independentismo catalão. Suas críticas, porém, perderam o rumo quando o representante do governo espanhol igualou o movimento de independência da Catalunha ao nazismo. A declaração deixou os professores e estudantes perplexos. De la Parte também fez críticas ao governo de Quim Torra, e não poupou ataques a Carles Puigdemont, a quem acusou de “usar fundos públicos” para a realização do referendo de 2017.
No Twitter, Josep Costa comentou o caso: “Jogada de mestre do cônsul espanhol em Munique, que convidou a si mesmo para o ato acadêmico sobre a Catalunha em Augsburg. O “diplomata” compara o independentismo com o nazismo, para a surpresa de todos. Centenas de professores e estudantes já entendem o porquê de querermos a independência”.
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Tentativas internacionais de desprestigiar o independentismo catalão
Não é a primeira vez que membros do governo espanhol buscam uma desqualificação internacional do independentismo catalão. Um dos exemplos mais recentes foi a entrevista de Josep Borrell, Ministro de Relações Exteriores do governo espanhol, concedida à alemã DW (Deutsche Welle). De acordo com o político, as perguntas feitas pelo renomado entrevistador britânico Tim Sebastian sobre a Catalunha “não eram boas” e eram “tendenciosas”. No término da entrevista, Sebastian disse a Borrell que “não tinha somente as perguntas que o entrevistado desejava”. Há duas semanas, uma palestra de Puigdemont em Oxford sofreu tentativas de boicote, bem como outros atos do ex-presidente catalão pela Europa.
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