No início da tarde catalã, o Conselho pela República divulgou um comunicado sobre seu posicionamento em relação à guerra da Rússia contra a Ucrânia. Em 6 pontos, a entidade liderada pelo ex-presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, condena as ações militares da Federação Russa contra a Ucrânia.
Vale a pena ler: Manifestação em Barcelona contra os ataques da Rússia à Ucrânia
Um atentado contra o direito internacional
A instituição, sediada na Bélgica, e que visa internacionalizar o conflito político entre Catalunha e Espanha, denuncia que a “operação militar especial para a manutenção da paz” (tal como o governo russo descreve a guerra em solo ucraniano), é uma “vulneração evidente do direito internacional“. Além disso, o Conselho pela República condenou a ameaça nuclear, feita por Vladimir Putin nesse domingo.
Em relação aos cidadãos ucranianos e ao governo do país, a entidade independentista expressa sua “máxima solidariedade”, e lamenta que o povo ucraniano seja “vítima de graves vulnerações de direitos humanos”.
Vale a pena ler: Junqueras usa o independentismo catalão para falar da guerra entre Ucrânia e Rússia
O Conselho pela República também se pronunciou sobre o direito à autodeterminação. A instituição considera que esse direito “não pode ser manipulado para legitimar o uso unilateral da força”. De acordo com a entidade, esse direito “exige o respeito aos seus princípios normativos, baseados no livre consentimento e na democracia”.
Finalmente, a entidade presidida por Carles Puigdemont reivindica o “retorno imediato de todas as partes à via diplomática e à negociação”. E, em relação à União Europeia, o Conselho pela República afirma que a comunidade política tem um papel “fundamental” nesse conflito bélico, e que deve ter uma voz “forte e própria” que propicie a resolução da crise com base na Carta dos Direitos Fundamentais.