O partido alemão Die Linke propôs, nesta semana, uma mediação da Alemanha e da União Europeia no conflito político entre Catalunha e Espanha. No texto da moção, a ala esquerda do Parlamento alemão insta o governo de Angela Merkel a “trabalhar por uma solução negociada e democrática para o conflito entre os governos catalão e espanhol”, além de reivindicar o “respeito aos direitos fundamentais dos líderes políticos julgados”. A proposta de Die Linke foi admitida pelo Bundestag, o Parlamento alemão, e será debatida nas comissões de Assuntos Exteriores, de Direitos Humanos e de Assuntos da União Europeia. É provável que a votação final aconteça após o verão europeu.
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Contra a criminalização dos políticos catalães
Uma das pessoas impulsoras da proposta de mediação foi Zaklin Nastic. A deputada espera que o governo alemão se pronuncie contra a “criminalização dos políticos catalães”, e sejam defendidos os direitos deles, “representantes escolhidos a partir das urnas”. Nastic também denunciou o fato de o Tribunal Supremo não permitir a presença de observadores internacionais. O órgão judicial afirma que o julgamento “pode ser visto pela televisão”.
O julgamento aos líderes independentistas catalães teve seu início em 12 de fevereiro deste ano. Pela sala de julgamento, já declararam os réus, os policiais da Guarda Civil espanhola, membros da polícia catalã, políticos e eleitores que participaram do referendo de 1º de outubro de 2017. O julgamento entra em sua fase final, e deverá ser concluído no mês de junho. Prevê-se que a sentença seja publicada entre setembro e outubro. O calendário, porém, pode ser alterado.