Nesta terça-feira, o Departamento de Saúde do governo catalão anunciou a confirmação do primeiro caso de coronavírus na Catalunha. Trata-se de uma italiana que reside em Barcelona, e que, há poucos dias, havia visitado o norte da Itália entre os dias 12 e 22 de fevereiro. Ela tem 36 anos e, em sua viagem, esteve contato mais próximo com 25 pessoas, que já foram isoladas por precaução.
De acordo com as informações fornecidas por Alba Vergés, conselheira do Departamento de Saúde da Generalitat de Catalunya, os sintomas apresentados pela italiana são “leves, semelhantes aos de uma gripe convencional”. Alba também afirmou que as 25 pessoas que tiveram contato com a cidadã italiana, entre amigos, familiares e pessoas que viajaram perto dela no voo da Itália para Barcelona, permanecerão isoladas em casa, e que estão sendo supervisionadas pela Xarxa de Vigilància Epidemiològica (Rede de Vigilância Epidemiológica).
Tranquilidade, apesar do aviso da OMS sobre uma possível pandemia
A OMS (Organização Mundial da Saúde), alertou que os países “deveriam se preparar para uma possível pandemia“, embora a entidade afirme que “ainda é muito cedo para declarar esse estado de emergência.
Para o secretário de Saúde Pública, Joan Guix, o coronavírus “não é uma doença extremamente grave, mas sim muito contagiosa”. Na roda de imprensa desta terça, Joan relembrou que “80% dos casos de pessoas infectadas pelo coronavírus são leves, com sintomas clínicos parecidos com os de uma gripe, 15% deles são graves e 2% são críticos”.
Em relação às precauções, o secretário recomendou usar lenços descartáveis, lavar bem as mãos com frequência, e não tossir ou espirrar com o rosto direcionado para a mão, mas sim para o antebraço.
Joan Guix deixou claro que “não banaliza o coronavírus”, mas que lhe preocupa mais a gripe sazonal, recordando que, na Catalunha, de janeiro até semana passada, “41 pessoas faleceram devido à gripe sazonal”.