A companhia aérea irlandesa Ryanair confirmou ao governo da Catalunha, nessa segunda-feira, o plano de fechar sua base em Girona. A confirmação foi feita dez dias após o anúncio da decisão, comunicada por e-mail aos seus trabalhadores. Entre os motivos para o fechamento, programado para o dia 8 de janeiro de 2020, está o atraso na entrega de novos aviões do modelo Boeing. Ryanair também justifica a decisão com base na queda de 41% nos ganhos durante o primeiro trimestre deste ano. A concretização do plano prejudicará 164 profissionais, entre tripulantes de cabine e pilotos. Como resposta à falta de mediação com a companhia, os trabalhadores programaram uma greve de dez dias neste mês de setembro (dias 1º, 2, 6, 8, 13, 15, 20, 22, 27 e 29).
A base da Ryanair em Girona foi aberta em 2004, e por vários anos, foi a principal do sul da Europa. Viveu um de seus melhores momentos em 2008 e 2009, quando registrou um fluxo de passageiros superior a 5 milhões. Desde o ano de 2013, o registro se mantém abaixo dos 2 milhões, alcançando apenas 1,5 milhão nos últimos três anos. A redução coincidiu com a abertura de outra base da Ryanair na Catalunha, em 2010, mais especificamente em El Prat de Llobregat.
Na reunião mantida com o secretário de Infraestrutura e Mobilidade da Generalitat de Catalunya, os diretores da Ryanair basearam sua decisão no “já conhecido” atraso na entrega de aviões, nas baixas perspectivas do mercado europeu, e no fato de o aeroporto de Girona não ter “bom desempenho” durante o inverno. A boa notícia, no momento, é que a decisão “ainda não é definitiva”, algo que deverá acontecer “nas próximas semanas”. De acordo com o secretário Iside Gavín, “ainda há tempo para que uma solução seja encontrada, e o impacto seja minimizado, embora o governo catalão não seja o responsável pela administração do aeroporto”.
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