Os trabalhadores do Transporte Público das Ilhas Baleares (TIB) iniciaram hoje uma greve indefinida após não terem chegado a nenhum acordo com as empresas concessionárias. A decisão vem após negociações fracassadas que, segundo o sindicato SATI, evidenciaram a falta de vontade da patronal em fazer concessões.
Na quarta-feira houve uma reunião entre os sindicatos, a patronal e representantes do governo balear em que houve aproximação de posições, mas nenhum acordo foi concretizado. Desde então, segundo o SATI, não houve outra aproximação. Por outro lado, fontes do governo asseguraram que mantiveram um contato constante com as partes durante todo o dia de quinta-feira e que mantêm a vontade de favorecer um acordo o mais rápido possível.
Com o início da greve, que afeta Mallorca, Menorca e Eivissa, os trabalhadores iniciam piquetes informativos nas garagens para verificar o cumprimento dos serviços mínimos e mais de uma centena de pessoas se concentraram na estação Intermodal de Palma, sob o lema “EPD convenção coletiva”.
Três dias com alto índice de adesão
Essa mobilização indefinida vem após três dias de greve de vinte e quatro horas que tiveram um alto índice de adesão, entre 80% e 96%.
O conselheiro de Habitação, Território e Mobilidade, José Luis Mateo, destacou após a reunião de quarta-feira que houve aproximação de posturas, um passo que considerava “prioritário”, mas reconheceu que ainda há pontos a serem fechados em futuras reuniões.
Segundo o SATI, a patronal “não se moveu” e apresentou “a mesma” oferta econômica que na proposta anterior. Por outro lado, o sindicato valorizou que o governo “realmente contribuiu e deu uma mão”.
A Federação Empresarial Balear de Transportes (FEBT) reconheceu que “agora mesmo tudo está bloqueado” e lamentou que as propostas empresariais não tenham sido suficientes para os sindicatos, apesar do “esforço extra” que dizem ter feito.
*Este texto é uma tradução do artigo original publicado em Vilaweb, utilizado para fins informativos.*