Carles Puigdemont é eleito presidente do Conselho pela República

Carles Puigdemont obteve 102 votos dos 121 possíveis

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Não houve surpresa: na tarde deste sábado, em Canet de Rosselló, Carles Puigdemont foi eleito presidente do Conselho pela República após obter 102 votos dos 121 possíveis. O outro candidato foi Joan Roman Gomà, que teve apenas 7 votos. O eurodeputado catalão era o presidente do governo fundacional da entidade.

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Os planos de Carles Puigdemont para o Conselho pela República

Durante o debate de investidura, organizado pela Assembleia de Representantes, o 130º presidente da história da Catalunha reivindicou o papel do Conselho pela República no contexto de uma “repressão espanhola interminável”.

Em relação ao funcionamento da entidade, sediada na Bélgica, Carles Puigdemont disse que trabalhará pelo reforço da estrutura técnica do Conselho, bem como da base tecnológica. Além disso, o eurodeputado voltou a priorizar a importância da “pluralidade representativa” da entidade.

Puigdemont, que destacou as ferramentas de “ruptura e independência” do Conselho, representadas pela ID Republicana e o aplicativo da instituição republicana, também falou sobre a Rede Diplomática Internacional da Catalunha. Nesse sentido, o presidente afirmou que é preciso “trabalhar em todos os âmbitos da diplomacia”.

Declarações de Ona Curto e Toni Comín

Antes da realização do debate de investidura, a presidenta da Assembleia de Representantes do Conselho pela República, Ona Curto, e o vice-presidente em exercício do Conselho pela República, Toni Comín, explicaram à imprensa o que pode ser esperado do novo mandato de Carles Puigdemont, e reivindicaram a trajetória da entidade, fundada em outubro de 2018.

De acordo com Ona Curto, as eleições deste sábado são um “momento histórico” para a entidade, já que era “muito importante” que houvesse um grupo “capaz de liderar” o Conselho pela República em um “nível político”. Nesse sentido, Ona Curto relembrou que a Assembleia de Representantes é “um órgão institucional equivalente ao Parlamento catalão”.

Toni Comín, por sua vez, afirmou que o evento eleitoral deste sábado “marca o fim da fase fundacional do Conselho pela República”. Segundo Comín, “todos os objetivos da fase fundacional foram cumpridos”. Mais especificamente, o eurodeputado explicou que, durante a fase fundacional, foi “desenvolvida a estrutura institucional do Conselho”, “estabelecida uma sólida base de cidadãos” inscritos no Conselho, “aprovado um plano de governo por meio de um amplo processo participativo”, entre outros.

O vice-presidente em exercício também comentou que “o fato de o Conselho pela República ter chegado aqui é algo milagroso”. Nesse sentido, Comín argumentou que a entidade “é imprescindível para manter o processo de independência da Catalunha vivo“, já que é a “única instituição republicana que pode defender o resultado” do referendo de autodeterminação, de 2017, bem como “defender a declaração de independência”. Assim, Toni Comín relembrou que, “apesar das muitas dificuldades” enfrentadas nos últimos três anos e meio”, a entidade “conseguiu avançar”.

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